segunda-feira, 10 de julho de 2017

Coluna: O Corinthians de Carille é como comer no bandejão



No começo do ano o Corinthians foi chamado de quarta força de São Paulo. As expectativas não eram tão surreais assim, pois o Palmeiras havia contratado aproximadamente 500 jogadores, o Santos era o atual vice campeão do Brasil e o São Paulo tinha novas ideias, que até então não eram tão irônicas.

Mestre e aprendiz

O Corinthians pouco se estruturou, contratou pouco e teve em Jô e Jadson seus principais reforços. A decisão de não trazer nenhum técnico medalhão também era vista com desconfiança. O começo do Paulista trazia uma derrota que deixou muitos preocupados. Perder para a Ferroviária era um susto e garanto que nenhum corintiano afirmaria que aquela seria a última derrota do time até o meio do ano.
O time foi se estruturando, Jô brilhava e decidia, Rodriguinho mostrava que tinha uma bola até então escondida e Jadson assumiu seu papel no time.

Você se pergunta o que tem em comum o futebol do alvinegro com comer no bandejão. Eu explico:
comer no bandejão é um evento tipicamente de quem está com a grana curta. Jogar fechado é algo que está fortemente ligado a um elenco curto e que não pode se dar ao luxo de ousar demais. Mas definir o time como frágil é muito simples e rasteiro. Atuações como a do último fim de semana, contra a Ponte Preta, mostram que esse time tem muitos pontos altos.

O bandejão sempre está lá e sempre vale a pena frequentar, porque é algo garantido e às vezes tem uma sobremesa gostosa ou uma mistura diferente. Para mim não há como definir o Corinthians de outra forma que não assim. O futebol está longe de ser gourmet, mas é eficiente e enche a barriga. Gastar muito para um almoço que não sustenta é muito triste, bem como pagar por um Borja e ele ser menos decisivo que William Bigode ¯\_(ツ)_/¯.

Carille é o único técnico dos quatro grandes paulistas que ainda permanece no cargo desde o início da temporada
A defesa é quase uma sucessão de níveis, pois o meio marca bem, se algum time conseguir passar dos volantes ainda estão lá presentes os defensores, com destaque para Fagner, um lateral que gosto bastante, não pra seleção, mas para o Brasileirão é de bom tamanho.
Voltando para as analogias, Jô está sempre lá, como a mistura da refeição do bandejão, que pode não ser deliciosa, mas na hora da fome resolve. Vem resolvendo tão bem que já é um dos artilheiros do campeonato.

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