quarta-feira, 19 de julho de 2017

Roger Federer e uma história de recordes no Tênis



Recentemente, no último dia 16, Roger Federer conquistou o torneio de Wimbledon e chamou a atenção para os números e recordes impressionantes citados nas transmissões e nos portais esportivos. O tenista, já com 35 anos, marca o nome na história do tênis e se coloca talvez como o maior da história, tanto no talento e habilidade quanto nos números. E é dos números que trataremos abaixo. Confira onde Federer está na história do esporte com o que construiu em quadra:

As oito taças de Wimbledon - Foto: Twitter Wimbledon/Divulgação

Como citado, Roger Federer venceu Wimbledon dia 16 e assim conquistou pela oitava vez o torneio na grama inglesa. Ele que venceu cinco vezes seguidas o torneio, entre 2003 e 2007, e havia vencido pela última vez em 2012, quebrando o jejum e se tornando o maior vencedor, superando Pete Sampras. O destaque para a conquista de 2017 é o fato de o suíço ter vencido todos os sets que disputou, conseguindo a façanha que não acontecia desde 1976, quando Bjorn Borg conquistou Wimbledon dessa maneira. Ele ainda é o tenista mais velho a vencer na grama inglesa, com 35 anos e 342 dias de idade.

O tenista suíço é o maior vencedor de torneios Grand Slam, que são os torneios mais tradicionais do esporte: Wimbledon, Aberto da Austrália, Estados Unidos e Roland Garros. Foram 19 títulos, 5 da Austrália, um de Roland Garros, 8 de Wimbledon e 5 nos Estados Unidos. Dois contemporâneos de Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, estão mais próximos na lista, com 15 e 12 títulos respectivamente. 

Falando ainda em Grand Slams, além de ser o maior vencedor, o tenista também é o maior finalista, com 29 finais disputadas. Foram 321 vitórias e 51 derrotas nos Grand Slams. Um aproveitamento de mais de 86%, que só não supera Bjorn Borg, que teve 89%, mas com menos partidas. O único feito não conseguido por Federer foi ganhar todos os Grand Slams em um ano, fato até hoje não conseguido na era aberta do tênis. Ele bateu na trave três vezes, em 2006, 2007 e 2009. Entre 2005 e 2007, Federer foi para dez finais seguidas de Grand Slams.

Somando todos os títulos dos torneios de simples do tênis, Roger Federer está em terceiro lugar no número de conquitas, com 93. Atrás apenas de Jimmy Connors com 109 e Ivan Lendi com 94. O suíço é também o terceiro em número de finais de torneios, com 141, menos também que Connors e Lendi, com 164 e 146 finais respectivamente. Rafael Nadal é o maior vencedor do saibro, com 54 títulos. Federer foi quem mais venceu nas quadras rápidas, 63 vezes, e John McEnroe foi o maior vencedor da grama com 43 taças.

Campeão do US Open de 2005

Federer venceu sete dos nove torneios masters 1000 existentes, perdendo para Novak Djokovic, que já levou oito dos torneios. Djokovic que conseguiu levar seis dos nove torneios em 2015, outro recorde. Em 2006, Federer venceu 12 torneios que disputou, e nos dois anos anteriores venceu 11. É o único tenista a vencer mais de 10 torneios em um ano por três anos. Quem mais levou torneios em um ano é o argentino Guillermo Vilas, com 16 taças conquistadas em 1977. Vilas tem o recorde de 130 vitórias e 14 derrotas nesse ano, enquanto Federer é o sétimo no número de vitórias, com 92 e cinco derrotas em 2006. 

Em 1977, Vilas conseguiu ficar 46 jogos invicto e até hoje mantém o recorde. Ivan Lendi, Bjorn Borg, Novak Djokovic com 43 vitórias, John McEnroe e Roger Federer, com 41 vitórias seguidas entre 2006 e 2007, tentaram mas não conseguiram superar o argentino. 

Na quadra rápida, Federer detém o recorde de vitórias consecutivas, com 56, entre 2005 e 2006. Ele ainda tem o segundo lugar na lista, com 36 vitórias seguidas entre 2006 e 2007. O tenista suíço ainda detém o recorde de vitórias seguidas na grama, com 65 jogos seguidos invicto entre 2003 e 2008, período onde venceu Wimbledon cinco vezes. Contra jogadores do top 10 do ranking da ATP, Federer já chegou a ficar 26 jogos sem perder, entre 2003 e 2005. 

Falando de finais, o suíço já venceu 24 decisões seguidas, entre 2003 e 2005, além de ter disputado, entre 2005 e 2006, 17 finais consecutivas. Ivan Lendi, entre 81 e 82, esteve em 18 finais seguidas e é o único a superar Federer. 

Outro índice importante a se considerar para o tenista é o ranking da ATP. Federer esteve na liderança por 302 semanas, sendo 237 de maneira consecutiva, o maior nos dois quesitos. Em 2004, o suíço estava tão a frente no ranking que em setembro já havia garantido em pontos a liderança do ranking até o fim da temporada. 

Confira um documentário falando da trajetória desse que é dos grandes nomes da história do esporte. Talvez ainda esse ano ou ano que vem saia também o documentário Watching Federer, que estava em fase final de produção e deverá contar de maneira mais completa a carreira do suíço.






segunda-feira, 17 de julho de 2017

Coluna: A famosa dança dos técnicos


No meio do ano temos duas certezas no futebol: o pessoal do empolgou e o alto número de demissões de técnicos dos times da Série A.
Neste ano tivemos mudança de treinador em quatro dos cinco times paulistas, três mudanças entre dois times paranaenses e surpreendentemente apenas uma troca entre os quatro cariocas. Casos de demissões muito mal explicadas, como Eduardo Batista, demitido de dois clubes, com pouquíssimo tempo de trabalho; Vagner Mancini, demitido após a reconstrução da Chapecoense; Dorival Jr, demitido por um vestiário cheio de egos. Este que levou o limitado elenco do Santos ao vice-campeonato brasileiro do ano passado e nesse ano treinou o  único brasileiro invicto na Libertadores, mas por pressões bestas foi demitido e imediatamente contratado pelo rival São Paulo.

Muito se foi discutido sobre o que faz tantos técnicos serem demitidos no futebol brasileiro, mas pouco se dá por explicação. Vestiários cheios de jogadores com cabeça de estrela podem ser uma das explicações, mas acima de tudo vejo na imprensa um grande mal para o trabalho dos técnicos do Brasil.  Zé Ricardo, por exemplo, levou o Flamengo à maior campanha do rubro-negro na era dos pontos corridos, mas seu trabalho é constantemente criticado pela imprensa, algo totalmente injustificável. Manter nomes como o de William Arão eram motivos para a demissão do treinador.

Wenger nunca teria tanto tempo no Brasil

O que mais chama a atenção é que no Brasil um treinador não tem má fase, qualquer deslize é passível de ameaça ao cargo. Trazer ídolos para treinar o time tem se mostrado uma tética falha, pois mesmo que o personagem seja uma das maiores figuras da história do clube, ele ainda é o técnico "burro", que mancham seu legado.

Hoje o futebol se torna cada vez mais estratégico do que de talentos, um treinador possui dois tipos de influência, campo e vestiário. Mas a questão que fica é: qual é o papel de um treinador em um elenco limitado, com jogadores sem vontade?

Deixo para vocês, leitores, qual é o papel de um técnico na formação de um time? Qual é a porcentagem da influência de um treinador no jeito que um time joga?

domingo, 16 de julho de 2017

Hamilton vence de ponta a ponta, iguala Jim Clark e encosta em Vettel pelo campeonato



Lewis Hamilton dominou a corrida em Silverstone e fez a alegria dos compatriotas. Sem dificuldades, o inglês venceu de ponta a ponta e encostou em Vettel, com problemas no pneu, na briga pelo campeonato. Bottas ficou em segundo e também chegou de vez na briga, enquanto Raikkonen, mesmo com um pneu estourado, chegou em terceiro.


Imagem: F1/Divulgação


Depois de uma classificação com chuva em Silverstone e imprevisibilidade no desempenho dos carros, a corrida começou com pista seca e Lewis Hamilton saindo da ponta, seguido por Kimi Raikkonen, Sebastian Vettel, Max Verstappen, Nico Hulkenberg, Sergio Perez, Esteban Ocon, Valtteri Bottas, Stoffel Vandoorne e Romain Grosjean. 



Antes da largada, Jolyon Palmer teve problemas e saiu da pista na volta de apresentação. Pelos problemas de Palmer, mais uma volta de apresentação dos pilotos. Na largada, Hamilton manteve a ponta e Verstappen atacou as Ferrari, passando Raikkonen e indo pra cima de Vettel. Bottas, que largou em nono, pulou para o sétimo lugar. Ocon vinha por todos os lados tentando passar Hulkenberg pela quinta posição. Sainz, brigando por posição  com o companheiro de time Kvyat, bateu nele e abandonou a prova.

Com a batida entre os dois, Safety Car na pista. Na quinta volta, o Safety Car deixou a pista e relargada. Na relargada, Ricciardo tentou passar o pelotão dos pilotos do fundo do grid, mas acabou escapando e caiu para o último lugar. Tentando se recuperar, Bottas passou Ocon pelo sexto lugar. Sem problemas, o finlandês passou Hulkenberg. Na volta 8, Vettel se aproximou de Verstappen pelo terceiro lugar. Stroll, que vinha em décimo segundo, tinha Alonso e Ricciardo famintos atrás e querendo passar o canadense. 

Ricciardo passou Alonso e vinha se aproximando de Stroll, enquanto o outro piloto da Red Bull, Verstappen, era pressionado por Vettel. Ricciardo passou o canadense e seguiu caminho. Vettel foi na raça passar Verstappen, passando por fora, mas teve a porta fechada pelo holandês, que mesmo por fora da pista se recuperou e espalhou para não deixar o adversário passar. Com a briga, Bottas chegou nos dois e na briga. 

Vettel tentou novamente passar Verstappen, mas viu ele frear bem e segurar na curva para não deixar o piloto da Ferrari passar. E, desistindo da briga, Vettel foi para os boxes e colocou pneus macios. Na volta seguinte, Verstappen parou, colocando também pneus macios e voltando atrás do alemão em parada mais lenta. Não querendo perder tempo, Vettel passou Hulkenberg pelo quarto lugar. Diferenças grandes de tempo entre os primeiros do grid, com Hamilton tendo nove segundos de vantagem para Raikkonen, que tinha 11 para Bottas e o finlandês dezesseis segundos para Vettel.

Na volta 25, Raikkonen parou e voltou no terceiro lugar, a frente de Vettel. Hamilton foi na volta seguinte aos boxes e também colocou pneus macios, voltando lado a lado com Bottas na saída, mas segurando a ponta. Com problemas de suspensão, Kvyat foi para os boxes para a correção do problema na volta 29. Na volta 32, enfim, Bottas foi para os boxes, colocando compostos supermacios e voltando em quarto. 

Ricciardo parou na volta seguinte e caiu para o décimo posto. Com problemas no motor, Alonso levou o carro aos boxes e abandonou. Ricciardo, reescalando o grid, passou Perez e já foi pra cima de Ocon. O australiano não perdeu tempo e passou Ocon, para na volta seguinte deixar Magnussen para trás. Massa, mais rápido que as Force India, se aproximava dos carros rosa para buscar as posições. Bottas vinha tirando um bom tempo de diferença para Vettel, ficando dois segundos atrás do alemão. Bottas foi pra cima de Vettel, colocou de lado mas Vettel segurou e freou como podia para segurar. Na segunda tentativa, Bottas colocou de lado na reta e passou Vettel para assumir o terceiro posto. 

Restando cinco voltas para o final, Bottas vinha bem mais rápido que Raikkonen, mas estava cinco segundos atrás do compatriota. Raikkonen furou o pneu dianteiro esquerdo e perdeu a posição para Bottas, indo aos boxes. Raikkonen perdeu posição também para Vettel e Verstappen também precisou parar, caindo para o quinto lugar. Vettel furou também o pneu, impressionante, e se arrastou para os boxes para trocar o pneu. E vence Lewis Hamilton, quarta vitória seguida e quinta vitória do inglês em Silvesrtone, igualando Jim Clark nas vitórias seguidas e no número total de triunfos, junto com Alain Prost. Em segundo, após a confusão dos pneus, ficou Bottas. Terceiro Raikkonen, quarto Verstappen, quinto Ricciardo, sexto Hulkenberg, sétimo Vettel, oitavo Ocon, nono Perez e décimo Massa. 


Com os problemas de Vettel, o campeonato pega fogo. Ele lidera com 177 pontos, seguido por Hamilton com 176 e Bottas com 154.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Coluna: O Corinthians de Carille é como comer no bandejão



No começo do ano o Corinthians foi chamado de quarta força de São Paulo. As expectativas não eram tão surreais assim, pois o Palmeiras havia contratado aproximadamente 500 jogadores, o Santos era o atual vice campeão do Brasil e o São Paulo tinha novas ideias, que até então não eram tão irônicas.

Mestre e aprendiz

O Corinthians pouco se estruturou, contratou pouco e teve em Jô e Jadson seus principais reforços. A decisão de não trazer nenhum técnico medalhão também era vista com desconfiança. O começo do Paulista trazia uma derrota que deixou muitos preocupados. Perder para a Ferroviária era um susto e garanto que nenhum corintiano afirmaria que aquela seria a última derrota do time até o meio do ano.
O time foi se estruturando, Jô brilhava e decidia, Rodriguinho mostrava que tinha uma bola até então escondida e Jadson assumiu seu papel no time.

Você se pergunta o que tem em comum o futebol do alvinegro com comer no bandejão. Eu explico:
comer no bandejão é um evento tipicamente de quem está com a grana curta. Jogar fechado é algo que está fortemente ligado a um elenco curto e que não pode se dar ao luxo de ousar demais. Mas definir o time como frágil é muito simples e rasteiro. Atuações como a do último fim de semana, contra a Ponte Preta, mostram que esse time tem muitos pontos altos.

O bandejão sempre está lá e sempre vale a pena frequentar, porque é algo garantido e às vezes tem uma sobremesa gostosa ou uma mistura diferente. Para mim não há como definir o Corinthians de outra forma que não assim. O futebol está longe de ser gourmet, mas é eficiente e enche a barriga. Gastar muito para um almoço que não sustenta é muito triste, bem como pagar por um Borja e ele ser menos decisivo que William Bigode ¯\_(ツ)_/¯.

Carille é o único técnico dos quatro grandes paulistas que ainda permanece no cargo desde o início da temporada
A defesa é quase uma sucessão de níveis, pois o meio marca bem, se algum time conseguir passar dos volantes ainda estão lá presentes os defensores, com destaque para Fagner, um lateral que gosto bastante, não pra seleção, mas para o Brasileirão é de bom tamanho.
Voltando para as analogias, Jô está sempre lá, como a mistura da refeição do bandejão, que pode não ser deliciosa, mas na hora da fome resolve. Vem resolvendo tão bem que já é um dos artilheiros do campeonato.

domingo, 9 de julho de 2017

Bottas vence na Áustria e encosta na briga pelo campeonato



Valttteri Bottas fez a pole position e liderou com certa tranquilidade boa parte da prova no Red Bull Ring, na Áustria, para garantir o segundo triunfo na categoria. Sebastian Vettel chegou a fazer pressão, mas não conseguiu passar Bottas. Daniel Ricciardo segurou o veloz Lewis Hamilton e garantiu o último lugar do pódio. Com o triunfo, Bottas volta a brigar pelo campeonato com Vettel e Hamilton.

Imagem: Divulgação/F1

Na largada, Bottas manteve a ponta, seguido por Vettel e Raikkonen pressionado e passado por Ricciardo e Grosjean. Hamilton ganhou apenas uma posição na largada, ficando em sétimo. Massa fez uma grande largada e pulou para o décimo posto. Um grupo de pilotos se envolveu em acidente logo na primeira volta, provocado por Kvyat. Verstappen, um dos envolvidos, teve problemas e abandonou a prova já na primeira volta. Alonso, outro envolvido na confusão na primeira volta, também abandonou. Na terceira volta, Raikkonen passou Grosjean. 

Top 5 na volta 8 tinha Bottas, Vettel, Ricciardo, Raikkonen e Grosjean. Grosjean que foi passado por Hamilton, que vinha escalando o grid. Bottas estava sendo investigado por supostamente queimar a largada e Kvyat foi punido com uma passagem nos boxes por causar o acidente da primeira volta. Investigações a parte, na volta 12 Bottas já tinha 4.8 segundos de vantagem para Vettel. Hamilton se aproximava de Raikkonen e estava a 1.6 segundos do finlandês. Os dois já começavam a sofrer com bolhas nos pneus.

O inglês chegou a menos de um segundo do finlandês, mas ainda não tinha conseguido fazer pressão para passar. Enquanto isso, Bottas vinha voando e estava sete segundos na frente de Vettel, que tinha quatro segundos de vantagem para Ricciardo. A investigação sobre a largada de Bottas foi concluida sem maiores ações e punições. Com problemas, Magnussen vinha lento na pista e recolheu o carro para os boxes na volta 31. 

Hamilton parou nos boxes e voltou com pneus ultramacios. Ricciardo parou também, colocando pneus supermacios. Vettel parou na volta seguinte e também colocou compostos supermacios. O top 5 sem paradas de todos tinha Bottas, Raikkonen, Vettel, Ricciardo e Hamilton. Vantagem enorme de Bottas, com 20 segundos de vantagem para Raikkonen, que tinha cinco de vantagem para Vettel e o alemão tinha quatro segundos de frente para Ricciardo. Na volta 42, Bottas foi para os pits, colocando pneus supermacios. 

Raikkonen, que não havia parado, assumiu a liderança da prova. Volta 44 e Bottas passou tranquilo o compatriota Raikkonen, que parou nos boxes em seguida, colocando compostos supermacios e voltando em quinto. Na volta 46, Sainz teve problemas e abanbonou a prova. Massa, sem parar, estava em sexto lugar e rodando boas voltas. E, na volta 48, Massa enfim parou nos pits e voltou em nono lugar. 

Massa chegava em Ocon pelo oitavo lugar, depois de deixar Bottas dar uma volta nele. Pneus de Hamilton esfarelando, mas mesmo assim o inglês vinha virando ótimos tempos. Bottas com 2.5 de vantagem para Vettel, que tinha 5 segundos para Ricciardo. O australiano tinha 1.2 segundos para Hamilton. Na volta 66, começou a pingar a chuva na pista, mas de maneira muito discreta. Restando três voltas, Vettel chegou no finlandês e estava a 1.2 segundos apenas. 

Indo para o tudo ou nada, Hamilton colocou de lado, mas Ricciardo segurou bem. Vettel ainda tentou na última volta, mas quem levou foi Valtteri Bottas! Vence Bottas, segunda vitória do finlandês na Fórmula 1. Segundo posto para Vettel, terceiro Ricciardo, segurando o quarto, Hamilton. Quinto Raikkonen, sexto Grosjean, sétimo Perez, oitavo Ocon, nono Massa e décimo Stroll. As duas Williams pontuando. 

Foto: Mercedes/Divulgação

No campeonato, Vettel aumenta a vantagem para Hamilton, e ao mesmo tempo o inglês vê Bottas encostar na briga. Vettel pula para 171 pontos, vendo Hamilton com 151 e Bottas com 136. A Fórmula 1 volta semana que vem, dia 16, com o GP de Silverstone, na Inglaterra. 


sábado, 8 de julho de 2017

O Brasil na Copa Ouro



Não é muito raro que países de outros continentes ou federações participem como convidados de uma copa continental. E com a seleção brasileira não foi diferente, o escrete canarinho já participou da Copa Ouro, organizada pela Concacaf. 

A Copa Ouro é a maior competição da Concacaf, a Confederação de Futebol da América Central e do Norte. Foi criada em 1991, unificando os campeonatos que existiam entre as federações caribenha e norte americana. 

O torneio garantia vaga ao campeão na Copa Rei Fahd, que precedeu a Copa das Confederações. O maior campeão da Copa Ouro é o México, com 7 títulos, seguido pelos Estados Unidos com 5 e o Canadá uma vez. A Copa Ouro é sempre disputada nos Estados Unidos, sendo que duas vezes o México foi sede ao mesmo tempo e em outra o Canadá. 

Além do Brasil, o qual falaremos adiante, a Coreia do Sul, em 2007, a Colômbia, 2005, o Peru, 2001, Equador em 2002 e África do Sul em 2005 foram seleções de fora da Concacaf que jogaram a competição. A seleção canarinho participou três vezes, em 1996, 1998 e 2003. Confira agora como foram essas campanhas da seleção:


1996

Foto via www.taringa.net/Los-10-mejores-triunfos-de-Mexico-vs-Brasil 

Participando pela primeira vez do torneio, o Brasil resolveu testar seus talentos e não levou o time principal. A seleção olímpica da época representou as cores nacionais, com o time base tendo Dida, Zé Maria, Narciso, Carlinhos Paulista, André Luiz, Flávio Conceição, Amaral, Arilson, Caio Ribeiro, Jamelli e Sávio. Entre os reservas estavam Danrlei, Zé Roberto e Zé Elias.  

Na fase de grupos, o escrete canarinho encarou Canadá e Honduras. Contra os canadenses, vitória por 4 a 1, gols de André Luiz, Caio, Sávio e Leandro Machado. Diante de Honduras a vitória foi até maior, 5 a 0. Os tentos foram anotados por Caio, duas vezes, Paulo Roberto também duas vezes e Sávio. Pela semifinal, jogo contra os Estados Unidos e Balboa, não o Rocky, marcou contra para classificar o Brasil para a decisão. Na finalíssima, diante de mais de 88 mil presentes no Memorial Coliseum, o México bateu o Brasil por 2 a 0, gols de García e Blanco. 






1998

Foto: www.gettyimages.fi/Vince-Bucci/AFP

Dois anos depois da primeira participação e em ano de Copa do Mundo, a seleção canarinho levou um time misto para a Copa Ouro, mas com vários nomes fortes e conhecidos. A equipe base tinha Taffarel, Zé Maria, Júnior Baiano, Gonçalves, Júnior, Mauro Silva, Flávio Conceição, Zinho, Denilson, Edmundo e Romário. Na reserva estavam Carlos Germano, Russo, César Michelon, Sylvinho, Doriva, Marcos Assunção, Sérgio Manoel, Donizete e Élber. 

Na primeira partida da fase de grupos, contra a Jamaica, a seleção não conseguiu superar o time comandado por Renê Simões e ficou no zero a zero. Júnior Baiano foi expulso no finalzinho do jogo e Zagallo era o comandante canarinho. Dois dias depois, contra a Guatemala, novo tropeço. A seleção abriu o marcador com Romário, mas levou o empate no último minuto com gol de Plata. No último jogo do grupo, diante de El Salvador, enfim a vitória. Placar de 4 a 0, gols de Edmundo, Romário e Élber duas vezes. 
Na semifinal, jogo diante dos Estados Unidos e novamente a seleção não se encaixou, perdendo por 1 a 0, gol de Preki Radosavljevic para os americanos. Na decisão de terceiro lugar, vitória brasileira sobre a Jamaica por 1 a 0, gol de Romário. 







2003

Foto: UOL

Depois do penta e quatorze anos atrás, a última participação brasileira na Copa Ouro. Com a competição em julho, foi chamado um time de jovens talentos sub-23 brasileiros para jogar. Os titulares eram Gomes, Maicon, Luisão, Alex, Adriano, Paulo Almeida, Júlio Baptista, Kaká, Diego, Robinho e Éwerthon. Na reserva, o time comandado por Ricardo Gomes tinha Alexandre Negri, Coelho, André Bahia, Nilmar, Nádson, Carlos Alberto e Thiago Motta, que viria a defender a Itália depois. 

No primeiro jogo do torneio, a seleção enfrentou o México e perdeu com gol dele, Borgetti. Na partida seguinte do grupo, contra Honduras, vitória por 2 a 1, gols brasileiros de Maicon e Diego e de De León para os hondurenhos. Fechando o grupo, a seleção canarinho jogou contra a Colômbia e saiu vencedora com dois gols de Kaká, um na primeira e outro na segunda etapa. 
Na fase semifinal, jogo de novo com os Estados Unidos. Partida complicada e que a seleção sofreu, começando perdendo com gol de Bocanegra no primeiro tempo. Aos 43 do segundo tempo, na bacia das almas, Kaká empatou e levou o jogo para a prorrogação. Na prorrogação, Diego fez de pênalti e deu a vitória para o Brasil. Vale lembrar que no campeonato existia a regra da morte súbita, quem marcasse na prorrogação primeiro vencia. 
Na final contra o México, partida equilibrada e nova prorrogação. Mas, dessa vez, quem marcou primeiro e ganhou foi o México, que fez com Osorio. 





A Copa Ouro 2017 começou ontem, mas sem países convidados participando. O torneio vai até o dia 26 de julho. Fica a reflexão que essa é a única competição oficial que o Brasil talvez tenha participado e não tenha vencido ainda.

Fontes: Wikipedia e https://jogosdaselecaobrasileira.wordpress.com 

O que mudou para Brasil e Alemanha depois do 7x1



O fatídico dia - Foto: Reuters

Três anos atrás, no fatídico 8 de julho de 2014, o futebol via um dos episódios mais marcantes de sua história, com a destruidora goleada da Alemanha sobre o Brasil, o eterno 7 a 1. Nesses três anos que se passaram, bastante coisa mudou nos dois lados, que ficaram com legados positivos e negativos de todo esse episódio. Vamos para um retrospecto das duas seleções nessas três temporadas. 



Foto: CBF/Divulgação

O Brasil, depois da Copa, esteve em campo em 37 ocasiões, jogando pelas eliminatórias da Copa de 2018, Copa América Centenário e Copa América, além dos amistosos. Foram 22 partidas por competições e 15 amistosos, com 13 vitórias nos torneios oficiais e apenas uma derrota nos amistosos, para a Argentina. 

Em 2015, após campanha de duas vitórias e um empate na Copa América, a seleção foi eliminada nos pênaltis para o Paraguai, depois de um empate em 1 a 1 no tempo normal. Nas eliminatórias para a Copa, o time canarinho não teve um início bom e em três jogos ganhou um, empatou outro e perdeu o terceiro. Venceu depois o Peru, mas se complicou novamente com dois empates seguidos. Nessa queda, no meio do caminho houve a Copa América Centenário, onde mais uma vez a irregularidade apareceu. 

O escrete brasileiro fez apenas três jogos na competição, morrendo na fase de grupos ao empatar com o Equador por zero a zero, vencer o fraco Haiti por 7 a 1 e perder dramaticamente para o Peru por 1 a 0. Com a eliminação, a situação de Dunga ficou insustentável e ele foi demitido, sendo trocado por Tite. Sob o comando do novo comandante, a seleção mudou da água para o vinho, engatilhando oito vitórias seguidas nas eliminatórias e carimbando a vaga na próxima Copa, algo que vinha sob risco e ameaça antes da Copa América Centenário. 

Fica também o destaque para o título olímpico brasileiro, justamente sobre a Alemanha, mas com Rogério Micale sendo o treinador da equipe. 

Com Tite como treinador, o Brasil ganhou organização tática e conseguiu ver seus destaques jogando no melhor nível. Coutinho, Neymar, Daniel Alves, Marcelo e mesmo atletas contestados, como Paulinho e Firmino, quando entraram em campo cumpriram bem as funções e mostraram que quem joga mantém o bom nível de jogo da seleção. Mesmo a seleção desfalcada, com vários jogadores que atuam no Brasil e sem Neymar, deu trabalho para o quase time titular argentino na única derrota de Tite. 


Foto: Federação Alemã/Divulgação

No lado alemão, foram no total 38 jogos, apenas uma partida a mais que o Brasil. Desses 38 jogos, 13 foram amistosos, com cinco vitórias e cinco derrotas. Pelas eliminatórias da Eurocopa, em 10 partidas foram sete triunfos e na Eurocopa em cinco jogos foram três vitórias e uma derrota, na final para a França por 2 a 0.

Nas eliminatórias da Copa do Mundo, o time de Joachim Low fez seis partidas, saindo vencedor de todos, até pela chave ter as seleções de San Marino, Azerbaijão, Irlanda do Norte, República Tcheca e Noruega. 

Na recente Copa das Confederações, que participou por ser a última campeã mundial, a Alemanha levou um time com quase todo o elenco abaixo dos 23 anos. Procurando dar espaço aos jovens e testar nomes que podem ser chamados para o mundial do ano que vem, Joachim Low viu o time chegar, tirar os adversários e conseguir superar, com certa dificuldade e pressão, o favorito Chile. Foram quatro vitórias e um empate, justamente com os chilenos na fase de grupos. 

O que podemos destacar da Alemanha é o planejamento realizado pela federação local e como ele consegue ser muito bem aplicado no time. Nos amistosos, principalmente, são usados jogadores diferentes para serem testados, tanto que os resultados mostram um aproveitamento relativamente baixo da seleção, cinco vitórias em treze jogos. Nas competições oficiais, foram 20 vitórias em 25 partidas. 

Todo o trabalho de base vem também surtindo efeito, com o time quase sub-23 levando a Copa das Confederações e, dois dias antes, o sub-21, que tinha desfalques com jogadores que estavam na Copa das Confederações, levando a Eurocopa diante da Espanha. Está certo que a Copa das Confederações não tinha um nível tão elevado, porém eram as seleções principais de Chile, Portugal e México que estavam presentes e duas delas não conseguiram superar os jovens alemães no confronto direto. 

Se formos ver nome por nome de Brasil e Alemanha hoje, chegaremos a conclusão que a seleção brasileira tem time melhor. Na hora que as equipes entram no gramado, o planejamento e todos os anos de preparação nem sempre serão os fatores que levarão um time ao triunfo. Portanto, mesmo com toda a desorganização do futebol brasileiro, Tite conseguiu achar talentos e reestruturar o Brasil para se colocar no nível das grande seleções novamente. 

Para os alemães, o planejamento começado em 2002 continua depois do 7x1 mais forte do que nunca, trabalhando na formação de jogadores e integrando base e time principal, seguindo para hoje termos atletas com potencial para três ou mais Copas despontando com muita qualidade. É um time preparado para ser campeão mundial novamente, com a já citada organização, aplicação tática, jogando nos erros adversários e aproveitando as oportunidades que tem no jogo de forma cirúrgica.

No lado brasileiro, a transformação da base foi muito pequena. A integração das seleções não acontece realmente e a reestruturação acontece mais pelas mãos de Tite do que um trabalho mais planejado. O treinador chama jogadores mais jovens e reveza o elenco nos amistosos para dar chances a mais gente. A seleção principal que vemos sim mudada, com cada um cumprindo a função que foi pedida e assim fazendo o talento também sobressair, para poder quem sabe levar o Brasil de volta ao topo do mundo. 

Um parâmetro para as condições em que estão as duas seleções poderá ser visto ano que vem, com o embate entre os dois esquadrões em amistoso a ser realizado em solo alemão. Com pouco menos de um ano para a Copa do Mundo, podemos estar imaginando muitas coisas que poderão soar absurdas na Copa da Rússia, mas o momento nos diz que essas são duas das melhores seleções a serem batidas.

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