O responsável por postar foi demitido do blog, pois não colocou este post ontem, obrigado e continue com a programação normal.
Das últimas 3 décadas para cá a exportação de craques brasileiros do futebol é cada vez maior, e os melhores de nosso país normalmente preferem atuar na Europa, onde o futebol é mais competitivo, e tem maior retorno financeiro, e etc.
Nos últimos anos o Brasil alcançou um nível maior economicamente, e isso favoreceu também o esporte. Antes não tínhamos condições de repatriar jogadores ou mesmo contratar atletas vindos de outros países. A realidade melhorou, e nesse momento temos um bom aumento da contratação de destaques daqui ou de fora que atuam no futebol do velho continente. Podemos citar os casos de Alexandre Pato, Fred, Seedorf, Alex, Juninho Pernambucano, Forlán, Guerrero, que viram boas propostas e vieram para disputar os campeonatos daqui.
Claramente o nível do campeonato aumenta com os reforços acima citados, mas permanece uma dúvida. Os jogadores trazidos que são excepcionais, mesmo vários veteranos, ou o nível do Campeonato Brasileiro que é muito menor do que vários campeonatos europeus?
Não somente no Brasil, mas no mundo árabe, Estados Unidos e Ásia vários veteranos vão jogar e acabam sendo destaques pela ausência de mais jogadores com a qualidade que os profissionais tem. Um bom exemplo está no Japão, onde até o começo dos anos 90 era quase amador e atualmente consegue revelar jogadores, ter uma liga mais competitiva e até exportar talentos.
Por aqui a qualidade existe, e até por isso não podemos dizer que os exemplos como o do Japão estão acontecendo no nosso futebol, entretanto falta manter toda essa "mão-de-obra" trabalhando no próprio Brasil, e não sendo levada para outros lugares com a frequência que acontece ultimamente. Dois passos entram em discussão quando se pensa em não perder esses talentos tão cedo: a mudança do calendário sendo adequado ao que quase todo o resto do mundo utiliza, além de ampliar o pensamento do clube de futebol como empresa, onde é possível ter mais sócios, vendas, patrocínios, e mais estádios cheios com um planejamento bem feito, o que dá a renda vital para se manter uma equipe de alto nível.
O lado nem tão bom disso tudo é o fato de os jogadores, como dito antes, estarem em uma idade avançada. A qualidade é inegável, porém há algo errado quando veteranos levam os times "nas costas" e são os maiores influenciadores de uma equipe. Há um grande vazio entre as revelações e os jogadores já consagrados. Esse meio de campo, com jogadores de média idade, que não são mais promessas e são aqueles destaques de qualquer país, como Messi, Cristiano Ronaldo, ou no nosso caso David Luiz, Tiago Silva, Marcelo e quase o restante da seleção que está nessa faixa mediana de idade, mas não atua no campeonato brasileiro.
A última ironia dessa realidade foi o amistoso entre Santos e Barcelona, onde o time que tempos atrás tinha Neymar para desequilibrar se contentou em vê-lo do outro lado do campo, defendendo as cores do clube espanhol.
Não sei se há uma resposta imediata para o problema, até porque são várias questões levantadas, porém torço muito para que no futuro voltemos a ter um futebol valoroso em nossas próprias terras, sem nacionalismos mas com dignidade ao país pentacampeão do mundo.
Até mais!
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