A temporada da Fórmula 1 chega em sua metade, e vamos para a análise das 10 corridas que antecederam essa parada para as férias dos pilotos.
Das 10 etapas, tivemos 5 vencedores, Vettel (4 vezes), Raikkonen (1 vez), Alonso (2 vezes), Hamilton (1 vez) e Rosberg (2 vezes). E se não venceu, Vettel esteve no pódio 7 vezes, com Raikkonen 6, Alonso 5, Hamilton 4, Webber 3, Rosberg 2 (as duas quando venceu), Massa e Grosjean 1 vez somente. Como destaques podemos colocar Vettel, que continua em altíssimo nível, não dando muito espaço para os concorrentes encostarem nele na classificação. Vale lembrar de Raikkonen, que ainda não abandonou desde a sua volta na Fórmula 1, e pontuou em todas as corridas, o que lhe dá o segundo lugar no campeonato. Quem aparece de forma até estranha é Mark Webber, que está em quinto lugar na classificação porém ainda não venceu nenhuma corrida.
Falemos agora das corridas, que de forma geral tiveram muitas disputas. Poucas foram as vezes em que não vimos ultrapassagens e brigas, proporcionadas pelo Kers, os pneus desgastados ou novos, e pela asa móvel. Pode-se ver que o talento também está se sobressaindo em várias situações, quando mesmo tendo um carro em piores situações, o piloto consegue fazer uma grande corrida, ou segura o adversário. Um caso é o de Fernando Alonso, que não tem um carro melhor que o de seus concorrentes, mas faz ótimas largadas e abusa de estratégias impecáveis para que possa continuar lutando por pontos e vitórias. Outro que provou dessa teoria foi Raikkonen, inclusive na última corrida, na Hungria, quando segurou o ímpeto de Vettel e garantiu o segundo lugar, mesmo com os pneus esfarelados.
Os líderes da temporada
Agora, sem mais delongas, vamos para a análise das principais equipes e pilotos:
Red Bull:
Continua com o melhor carro e o melhor piloto, mas não tão disparada quanto foi nas últimas temporadas. Dá para se dizer que este ano Vettel vem fazendo maior diferença para o resultado do que nos outros 3 anos em que foi campeão. O alemão não começou tão bem, mas rapidamente se recuperou e hoje é líder do campeonato com alguma folga. Depois de anunciar que vai sair da F1 no final do ano, Webber parece estar aproveitando seus últimos meses e não mostra preocupação alguma com o que está acontecendo na briga pelo título, apenas quer fazer o seu melhor, e o que vier é lucro para o australiano.
Lotus:
A equipe do Iceman segue o mesmo padrão da RBR, com um piloto brigando e outro como fiel escudeiro. Grosjean não é um piloto descartável, porém não tem o talento que difere pilotos comuns de pilotos que tem chances de serem campeões. O francês tem lampejos em boas corridas, e prova competência, entretanto vem voltando a se acidentar e a ser punido pelos erros grotescos, aumentando o desnível para o companheiro finlandês. Se com Grosjean a situação é delicada, com Kimi o time de Eric Boullier não tem muitas preocupações, apenas com a briga pela taça de campeão. O homem de gelo continua em ótima fase, e como citado antes tem sido extremamente regular com os pontos.
Em algumas corridas ficou clara a falta de um carro um pouco melhor, principalmente para a classificação, pois a Lotus não conquistou nenhuma pole position até agora.
Ferrari:
A Scuderia começou a temporada com seus dois pilotos em boa fase, e Felipe Massa parecia ter voltado ao seu bom nível, tanto que retornou ao pódio depois de anos. A boa fase do brasileiro não durou muito tempo, e apesar de ter feito boas corridas de recuperação e grandes ultrapassagens, contou com problemas mecânicos e um carro não muito equilibrado se comparado aos carros considerados "top". Já o seu companheiro, Fernando Alonso, continua tirando coelhos de cartolas para poder continuar na briga pela ponta, mas ultimamente nem o seu talento vem ajudando-o a conseguir preciosos pontos, pois os concorrentes sempre estão ficando a sua frente na classificação.
Mercedes:
É a equipe que mais evoluiu comparando-se 2012 com 2013, e grande parte dessa melhora deve-se a melhorias aerodinâmicas no carro e a contratação de Lewis Hamilton, que deu um grande upgrade nos pontos da equipe, antes suportada apenas por Rosberg. O alemão vem fazendo boa temporada, tanto que já conquistou duas vitórias, no entanto vem esbarrando na irregularidade e no começo horrível do carro quanto aos pneus, que pouco duravam e depois de um teste não muito autorizado vem melhorando.
Hamilton recuperou sua alegria de correr, e está mostrando que com um carro competitivo pode chegar longe, e demonstra regularidade, já que tem apenas 1 vitória, conquistada na última corrida. Aos poucos a Mercedes vem se equiparando a Lotus, e prometem continuar dando trabalho aos favoritos.
Maldade... rs
Mclaren:
Ao contrário da Mercedes, que evoluiu muito de uma temporada para outra, a Mclaren ainda chora aos prantos pela perda de Hamilton, e vê seus dois pilotos tendo pífios desempenhos, se comparados com o histórico dos últimos anos. Sergio Pérez veio contratado como grande promessa, e acabou marcando até agora apenas 18 pontos, muitíssimo pouco para um investimento tão grande feito nele. Seu companheiro, Jenson Button, também não consegue ser o bom piloto que um dia já foi, e tem 39 tentos anotados, sendo que a Force India tem desempenho parecido ao time de Ron Dennis.
Nem tudo é culpa dos pilotos, pois o carro da Mclaren é lento, não tem equilíbrio, e nas qualificações sofre para passar entre os 10 primeiros, quando passa.
Várias brigas caseiras...
Force India:
Os indianos vem fazendo temporada regular, sem terem risco de serem passados pelas equipes menores, e podendo até ficar na frente da Mclaren e assim ganhar uns milhões a mais no fim do ano. Teve alguns momentos legais, horas com Sutil e outras vezes com Di Resta, mas nada que fique além do esperado para a temporada.
Sauber:
Se ano passado tio Peter chorou com seus dois pilotos, que fizeram verdadeiros milagres com um bólido bem limitado, este ano está para ser esquecido. As fotos de Kobayashi e Pérez vão ficando amareladas, e Hulkenberg, ao lado de Gutierrez, fazem uma temporada horrível, péssima, trágica. Hulkenberg marcou apenas 7 pontos, enquanto o parceiro mexicano, dos teledólares, nem chegou aos pontos, e mostram que dinheiro não faz talento. #VoltaKobayashi
Toro Rosso:
A RBR time B até vem fazendo verdadeiros milagres, pois o carro feito para 2013 é uma verdadeira lata velha. Mesmo assim, Ricciardo e Vergne conseguem fazer a façanha de respectivamente marcarem 11 e 13 pontos, e de conseguirem ir algumas vezes para o Q3, largando assim entre os 10 primeiros. Com o mal desempenho da concorrência podem vir para os italianos uns milhões a mais também, pela classificação nos construtores.
Fique calmo, a vaga na RBR será minha ano que vem
Williams:
Bem parecida com time de futebol, precisando apenas de bons pilotos, bons engenheiros, bom carro, e de reestruturação total da equipe, para assim ter chances em 2014.
Até mais!
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