Salve Salve nerds!
Estamos mais ou menos de volta aos posts, voltamos por uma causa nobre e que não poderia ser deixada de lado. Infelizmente temos que falar sobre um grave problema social e que também aparece no esporte, o racismo. Ontem, mais um episódio lamentável pela Taça Libertadores no jogo do Cruzeiro. Recebemos o texto de um amigo, Vinicius Duart, sócio aqui do blog, que resolveu desabafar e sonhar com um mundo e um futebol melhor. Confira:
HORROR é a palavra certa para descrever o episódio de racismo da noite passada no Estádio Huancayo no Perú, no jogo entre Cruzeiro e Real Garcilaso pela Copa Libertadores da América. Aconteceu que todas as vezes que o volante Tinga do cruzeiro tocava na bola a torcida do Real Garcilaso imitava sons de macaco. Ao final da partida o jogador inconformado desabafou dizendo: “Eu queria não ganhar todos os títulos da minha carreira e ganhar o título contra o preconceito contra esses atos racistas. Trocaria por um mundo com igualdade entre todas as raças e classes”. Manifestações como esta da torcida do Real Garcilaso exibem o caráter horrível do racismo no meio esportivo. No esporte existem muitas maneiras de desestabilizar o lado emocional do adversário com o intuito de vencê-lo, isso dentro de campo entre os jogadores e fora dele de modo especial pela torcida. Tradicionais torcidas brasileiras como a do Corinthians, Grêmio, Flamengo, Santa Cruz e também estrangeiras como os Xeneizes, famosa torcida do Boca Juniors da Argentina, são torcidas de massa e completamente apaixonadas por seus times, durante uma partida de futebol, estes torcedores cantam os 90 min incentivando e quando necessário apoiando seus times do coração. Esse brilho que as torcidas dão ao grande espetáculo não pode ser apagado por atitudes que descriminam o ser humano, qualquer manifestação de racismo é a marca mais infeliz pobreza humana, pois qualificar uma pessoa por sua raça ou cor é um desrespeito a si mesmo, a função das torcidas nos estádios é agregar beleza ao espetáculo. Eu tenho um sonho de que qualquer atitude de preconceito ao redor do mundo tenha fim, conforme o celebre discurso do pastor Martin Luther King no dia 28 de agosto de 1963 em Washington D.C. “Eu tenho um sonho de que meus quatro filhinhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele e sim pelo conteúdo de seu caráter”.
#FechadoComOTinga
Mais do que lamentamos esta situação ocorrida com o Tinga. Esperamos que a Fifa e a justiça punam os torcedores e o Real Garcilaso pelos atos racistas. Na Itália, Balotelli já sofreu várias vezes esse preconceito racial e pouco foi feito, provando que é algo frequente e impune.
Até mais!
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