quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Brian Clough e o Maldito FC



Salve Salve Nerds!



Eu iria falar apenas do filme sobre parte da história de Brian Clough, que foi indicado pelo Arthur para ser assistido, mas seria até maldade com o futebol. Depois de assistir o filme, pesquisei um pouco mais e percebi o quão grande tinha sido a importância desse homem para o futebol inglês e o tamanho dos seus feitos. 
Para começar, Brian Howard Clough nasceu em 1935, na cidade inglesa de Middlesbrough. No futebol, como jogador teve uma curta carreira, interrompida por uma grave lesão no joelho aos 27 anos, quando rompeu todos os ligamentos. Seus números impressionam, marcou 251 gols em 273 jogos, sendo 197 em 213 partidas pelo Middlesbrough e 54 em 61 jogos no Sunderland. Como treinador passou primeiro pelo pequeno Hartlepool United, da terceira divisão inglesa na época, sem muito sucesso. Depois, foi para o Derby County, time o qual fez o seu nome no cenário inglês. Por lá, impôs sua personalidade diante mesmo do presidente, que descobria sobre as contratações do treinador após os jogadores estarem já se encaminhando ao clube. Falando em contratações, Clough soube como poucos aproveitar talentos esquecidos do futebol, pois acreditou em jogadores que ninguém mais dava atenção e os fez campeões. Grande parte dessa responsabilidade veio por parte de Peter Taylor, assistente de Brian e que encontrava essas jóias escondidas para serem contratados. Vieram nomes como Roy McFarland, John O'Hare, Alan Hilton e John McGovern, que junto ao treinador visionário levaram o time sem tradição alguma a subir para a primeira divisão e na segunda temporada na primeira divisão ser campeão, desbancando Liverpool, Manchester City, e o Leeds. O Leeds, em especial, tinha total apatia de Clough, que se desentendia muito com o treinador da equipe, Don Revie, que era acusado de treinar um time muito violento, trapaceiro e que não praticava um futebol bonito. 

A dupla dinâmica Brian e Peter



Com problemas, principalmente pela forte personalidade, Brian tentou enfrentar o presidente do Derby e pediu demissão, pensando que o clube não aceitaria perdê-lo e assim ele teria suas reivindicações atendidas. Porém, ele foi demitido e não conseguiu seguir seu trabalho vitorioso no time. Até hoje os torcedores do Derby County se lamentam da saída do treinador, já que o clube até ganhou outro campeonato inglês no ano seguinte, mas depois não foi mais o mesmo e não conseguiu vencer a Champions League, fato quase conseguido por Brian no ano de sua saída. Fora dos holofotes, Brian e Peter foram para o pequeno Brighton & Hove Albion. Eles se desentenderam e Brian acabou saindo da equipe, deixando Peter sozinho no time da terceira divisão. Em 1974, o rival de Brian, Don Revie, assumiu a seleção inglesa, e assim o Leeds procurou o treinador para assumir a equipe. 
Querendo mudar o estilo de jogo imposto por Revie, Brian acabou não conseguindo sucesso e permaneceu apenas 44 dias no comando do Leeds, com apenas 7 jogos e 1 vitória. Depois do fracasso, reatou a amizade e a parceria com Peter Taylor e os dois foram para o rival do Derby County, o Nottingham Forest. Por lá os problemas eram grandes, financeiramente o time ruía e não tinha jogadores bons. Estava na segunda divisão e até então nunca havia vencido a primeira divisão. Novamente, apostou em jogadores desconhecidos como Peter Shilton, Viv Anderson, Kenny Burns, Martin O´Neil e John McGovern. A aposta deu certo e o time venceu a segundona inglesa. No ano seguinte, em uma façanha que poucos conseguiram até hoje, a equipe de Clough venceu a primeira divisão desbancando Arsenal, Manchester United e Liverpool. No mesmo ano, 1978, o Nottingham Forest ainda levou a Copa da Liga Inglesa e a Supercopa da Inglaterra. 
Com o dinheiro dos títulos, a equipe contratou Trevor Francis, do Birmingham City, por 1 milhão de libras, a primeira nesse valor na época no país. Na Liga dos Campeões da Europa, o time era estreante e encarou na primeira fase o Liverpool, que era o atual bicampeão. O Forest passou pelos reds e chegou até a final, onde venceu o Mälmo, da Suécia, com gol de Trevor Francis, o cara que jogou apenas a decisão por conta do regulamento, que o proibiu de jogar competições europeias por um período. Na temporada seguinte, de 1979/80, o time inglês novamente foi campeão europeu, desta vez passando na final pelo Hamburgo, em decisão no Santiago Bernabéu. 






Depois desse título, o Forest até se manteve entre os melhores ingleses por alguns anos, mas não da mesma maneira. Peter Taylor se aposentou em 1982 e Clough seguiu, mas sem o mesmo brilho apesar de ter treinado o time por mais de 900 jogos e se aposentado em 1993. Brian Clough faleceu em 2004, aos 69 anos, devido a problemas com alcoolismo. Nos seus recordes, o treinador foi o primeiro a ser bicampeão com um time da Liga dos Campeões, igualado apenas por Arrigo Sacchi, em 1989 e 90 com o Milan. O Nottingham de Clough ficou por 42 jogos sem perder no Campeonato Inglês, entre novembro de 1977 e dezembro de 78, fato superado apenas pelo Arsenal entre 2003 e 2004. 
Há estátuas de Brian Clough tanto em Derby quanto em Nottingham. A estrada que separa as duas cidades se chama Estrada Brian Clough. 




Maiores informações sobre a brilhante carreira de Brian Clough você pode conferir no site Imortais do Futebol, clicando AQUI.





Já o filme sobre Clough é o "Maldito Futebol Clube". A produção retrata a história do treinador desde a sua passagem pelo Derby County, com o acesso para a primeira divisão até o título nacional. A passagem pelo Leeds com muitas polêmicas  e confusões e por fim ele se encaminhando ao Nottingham Forest para ganhar tudo. O filme infelizmente não mostra toda a parte da carreira do treinador, principalmente no Nottingham, mas vale a pena para você amante do bom futebol e que quer um filme sobre o assunto.
Veja o trailer abaixo:



Até mais!

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