Salve Salve Nerds!
Eras atrás, falamos AQUI dos primeiros quatro filmes da série Rocky, que são dos mais incríveis produzidos com uma temática esportiva e mesmo sem esse fator tem uma importância enorme para o cinema. Dessa vez, continuamos para falar dos filmes 5 e 6 da série, que seguiram retratando a trajetória de Rocky nos ringues e fora deles.
Iniciamos com o quinto filme, que é de 1990, dirigido por John G. Avildsen e escrito e estrelado pelo mestre Sylvester Stallone. Falando a verdade, esse é o pior filme de todos os seis. Stallone acabou errando um pouco a mão na história, com personagens não tão bons e uma luta principal bem fraca.
Antes de falar do filme, já adiantamos que haverão spoilers razoáveis abaixo.
Rocky estava quase aposentado, como sempre esteve nos filmes, além de ter descoberto que tinha lesões graves no cérebro devido aos golpes sofridos nas lutas de boxe, algo até "comum" em lutadores. Assim, após encontrar um possível pupilo, Tommy Gun, começa a treinar o garoto ao invés de lutar contra o atual campeão mundial, Union Cane, que desafiava Rocky para uma luta para provar que era realmente o melhor do mundo.
Tommy começou a lutar e após recusas de Rocky para que ele já lutasse pelo título mundial com Cane, o empresário de Cane aliciou Tommy para o seu lado, oferecendo riquezas e sucesso para que ele saísse da sombra do ídolo que era Rocky. Aliciado pelo empresário George Washington Duke, Tommy deixou Rocky e lutou pelo cinturão de campeão mundial, vencendo Cane com facilidade no primeiro round.
Ao mesmo tempo que isso acontecia, Rocky vinha tendo problemas com sua família. Perdeu o dinheiro que tinha após o seu contador o roubar e desviar milhões de dólares. Precisou vender a casa e seus bens para pagar as dívidas e voltou a morar na casa que morou antes do sucesso com Adrian e o filho Robert. Curiosamente, Robert é interpretado pelo filho de Stallone, Sage.
Querendo ganhar mais dinheiro em cima de Tommy e Rocky, George Duke tenta forçar uma luta entre os dois para que assim se provasse a superioridade de Tommy diante do antes mentor e treinador. Porém, ao invés de um combate no ringue, eles acabaram lutando na rua depois de Tommy ir provocar Rocky em um bar. Uma multidão e até uma emissora de TV ficam em volta dos dois, que lutam até Rocky "vencer" Tommy. Um final bem fraco e sem tanta graça quanto os filmes anteriores.
Rocky Balboa, ou Rocky VI, foi aos cinemas em 2006. Dessa vez dirigido, produzido e estrelado por Stallone. Aposentado há anos, Rocky se vê incompleto e sozinho sem a presença da esposa, Adrian, e do filho Robert. Adrian morreu anos antes e Robert pouco encontrava o pai. Assim, todos os anos Rocky visitava lugares em que vivera momentos marcantes com a esposa para recordar as boas lembranças que tinha.
As coisas começam a mudar quando um programa de televisão mostrou uma simulação de combate entre Rocky e o campeão mundial do momento, Mason "The Line" Dixon. Na simulação, Rocky, quando esteve no auge, venceria Mason. Como Dixon estava sem adversários a sua altura, pouca gente se interessava por ele e as lutas não rendiam o dinheiro esperado. Os empresários do lutador acabaram por procurar Rocky para um combate de exibição entre os dois, já que Balboa ainda era o grande ídolo do boxe mesmo aposentado há anos.
Nesse momento, Rocky foi atrás de uma nova licença para lutar combates menores e quando isso foi descoberto pelos empresários de Dixon não foi difícil convencer a lenda de lutar o combate de exibição.
Enquanto a parte esportiva corria, como normalmente acontece com a série, Rocky cuidava de um restaurante, chamado "Adrian's", para se manter. E tentava se reaproximar do filho, que sentia vergonha do pai e ao mesmo tempo achava que era ofuscado pela importância que ele tinha. E aí vem um dos discursos mais incríveis do cinema, que despensa comentários.
Após a conversa, Robert se convence que precisa estar próximo do pai e é um dos que ajudam Rocky nos treinamentos e preparação para a luta de exibição. Outros personagens que aparecem na vida do lutador são Marie e o filho dela, Stephen. Ela conhecia Rocky de quando ele morou pela primeira vez na vizinhança e acabaram de certa forma se apaixonando. O boxeador ajudou os dois, que começaram a trabalhar com ele no restaurante.
Para a luta em Las Vegas, Rocky fez o seu habitual treinamento, socando carnes, correndo pelas ruas e fazendo exercícios diferentes do normal. Aguentou os 10 rounds ao seu melhor estilo, apanhando muito mas aguentando, porém perdeu com a nota de dois jurados que deram vitória para Mason Dixon. Mesmo perdendo, afinal, ganhando ou perdendo Rocky é sempre o maior vencedor moralmente falando, ele foi aclamado pela torcida e provou que ainda era um dos grandes do boxe. Além de ter conseguido se conciliar com o filho.
Comentando rapidamente sobre os dois filmes, eles tem um tom bem saudosista. Em vários momentos cenas dos quatro filmes anteriores aparecem, com frases de impacto de personagens que se foram, como Mickey e Adrian. Paulie e Rocky ficaram presos ao passado e nos filmes tentavam se desamarrar dele.
Não vou recomendar efusivamente que você assista o Rocky V, que como falado não corresponde tanto ao que se espera de uma produção da série. Mas, para desencargo de consciência veja.
O sexto filme fechou bem a sequência do Rocky como lutador, já que como sabemos o sétimo filme, Creed, não tem Balboa no ringue. Ele apareceu como um ídolo, alguém que era um símbolo mesmo depois de tantos anos. Pareceu uma homenagem de Stallone ao próprio personagem. Não é no mesmo nível, mas lembra um pouco a nostalgia que se tem ao assistir o novo Star Wars e ver os personagens clássicos quando se vê Rocky treinando e usando os métodos de sempre, fora a trilha sonora presente em todos os filmes.
Já demos os maiores spoilers dos filmes, mas abaixo confira os trailers dos dois filmes:
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Até mais!
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