sexta-feira, 9 de maio de 2014

Não é Mais Um Sonhador Brasileiro





Salve Salve Nerds!

Nesta sexta-feira, o post é um pouco diferente, não falando apenas de esporte mas também da realidade vivida no Brasil. Na verdade a intenção não era a de postar no Nerd Esporte este texto, porém as circunstâncias me fizeram ver que era melhor postar aqui, sem depender de terceiros para este post sair do forno. Espero que gostem deste trabalho diferente do usualmente tratado aqui e que possamos refletir o tema.




Estes dias, estava eu pensando em como anda o Brasil. Coisa bem tranquila de se pensar, ainda mais após ver exemplos de brasileiros que moram em outros países, contando das facilidades e de como as coisas funcionam nestas nações. As pessoas tem acesso aos serviços do governo, os tributos são revertidos em benefícios e até os políticos dão atenção aos eleitores, mesmo fora da época de eleições.
Por aqui, a cobrança de impostos é uma das maiores do mundo, o crime mata tanto quanto muitas guerras em zonas de risco e a corrupção, juntamente a impunidade, reinam em muitos casos. Talvez, um dos maiores exemplos de como desperdiçamos nosso potencial está no futebol. O esporte nacional, que tanto revelou talentos, deu 5 títulos da Copa do Mundo, além do sucesso de várias equipes, não consegue se administrar. Ficamos longe das melhores ligas do mundo, da Espanha, Alemanha, Inglaterra e até os Estados Unidos, que tem média de público maior do que a brasileira. As vendas de ingressos são feitas para a temporada toda, o estádio gera dinheiro com museus, lojas e restaurantes, tudo é feito pensando-se no conforto e em como arrecadar verbas.
Uma das respostas pode estar no Bom Senso FC, que reúne os profissionais do futebol brasileiro, trabalhando por mais transparência e planejamento, ao invés da acomodação das federações estaduais e da própria CBF. Então, acredito que necessitamos de um Bom Senso Sociedade, um trabalho real para a reeducação do Brasil.
Não temos escolas públicas de qualidade, não temos hospitais, metrô, trem, rodovias duplicadas, mas porque os outros tem e nós não temos? Porque aqui as coisas não podem funcionar?
E aqui, quando temos algo, é incrivelmente mais caro do que em qualquer outro local, vide preço do Playstation 4, valendo 4 mil reais, enquanto que se você comprar dos Estados Unidos, importar, pagar os impostos e tudo, o console valerá 2600 reais. Um carro produzido aqui, vai para o México, e lá vale menos do que o mesmo carro produzido no Brasil e vendido nele mesmo.
O nosso Bom Senso Sociedade quase saiu do papel ano passado, quando a onda de protestos aconteceu, porém, parece que tudo foi esquecido e o gigante adormeceu, cansou de se atentar à política e à vida pública. Alguns chamaram o movimento de reacionário, apenas o famoso "mimimi", a reclamação apenas por reclamar.
São várias as razões dos problemas, mas e a solução? Qual é a resposta para esse enigma mais complicado que um título do Taiti na Copa do Mundo?
Os impostos engolem metade dos salários dos brasileiros, encarecendo o poder de compra. Para comprar o já citado Playstation 4, um trabalhador brasileiro necessita arrecadar 6 meses de salário mínimo, enquanto na Espanha, em crise, meio salário mínimo já é o suficiente para adquirir o produto.
No tema saúde, faltam hospitais e profissionais. A parte estrutural exige licitações e uma burocracia impressionante, atrasando a construção, fora os desvios de verbas e o atraso para evitar licitações nessas obras literalmente vitais. A outra metade do problema, a falta de profissionais, também depende de hospitais para os estudos, além da própria educação ser uma vergonha nacional, com poucos professores e escolas caindo aos pedaços.
No quesito transportes, vivemos às custas das rodovias, esburacadas e sem duplicação. Não só de rodovias deve viver uma nação, mas de metrô nas cidades, trens ligando municípios, aeroportos e ciclovias. Mesmo se continuássemos falando da segurança, violência, falta de indústrias e as outras mazelas da nossa sociedade, não chegaríamos na resposta a qual buscamos para tudo isso.
Necessitamos dar um jeito nisso tudo, mas não o jeitinho brasileiro, a malandragem para se dar bem a qualquer custo. O jeito vem do exemplo, da criação familiar, da educação básica, a humildade em pedir ajuda para outros países que tiveram exemplos de sucesso em superar as dificuldades. Cabe a nós, cidadãos, acreditarmos na mudança, não apenas assistirmos os programas policiais e jornais com mais e mais tragédias acontecendo. Ser cidadão é algo diário, não apenas na época de eleições, protestos e Copa do Mundo, pois o país de todos ainda anda desigual.


Até mais!

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