Por João Vitor Rezende
United faz o básico e vence Tottenham (Foto: Manchester United) |
No início de seu trabalho no Manchester United, Louis Van Gaal pediu paciência. Ao menos, quatro meses de testes, que acabaram durando toda a temporada. Só nos últimos jogos de 2014-15, o time teve boas atuações. A melhor delas contra o Tottenham, em casa, na 29ª rodada da última Premier League. 3 a 0, ótimas atuações de Mata e Rooney, com gol até de Fellaini.
Abrindo os trabalhos em 2015-16, os dois times se reencontraram no mesmo Old Trafford. Os Spurs a base do elenco passado, vendendo jogadores que não convenceram, como Paulinho, Capoue e Chiriches, e com Alderweireld como reforço. O United teve as estreias de Romero, Schneiderlin e Depay entre os 11 iniciais.
Por ter mais entrosamento, os visitantes começaram melhor, avançando a marcação e jogando no campo do adversário. Com os zagueiros pressionados, Romero foi acionado em várias oportunidades. Na maioria delas, o goleiro deu chutão quando Eriksen ou Kane pressionavam. Quando tentou trabalhar a bola, o argentino proporcionou momentos de emoção a seus torcedores. Mas, compensou o perigo fazendo boas defesas quando exigido.
Rooney e Depay jogaram como atacantes no 4-4-2 de Van Gaal. O jovem holandês teve atuação discreta. Talvez, por estar mais acostumado a jogar pelos lados. Por não serem atacantes de referência, os dois se movimentaram bastante, e por terem velocidade, contribuíram para os contra-ataques. Em um desses, Bentaleb deu bobeira e entregou no pé de Juan Mata. Rooney se movimentou pelo meio e teve o chute desviado por Walker. Devagarinho, Vorm viu a bola entrar em sua meta.
Depois do gol, o Tottenham se retraiu e os mandantes avançaram a linha de marcação. Com isso, o jogo esfriou. Um dos poucos que tentava ser incisivo, Young teve boa atuação, incomodando Welker e acompanhando o lateral, ajudando na defesa. Mata foi mais efetivo no segundo tempo do que não primeiro. Jogando aberto pela direita, o espanhol perde o seu poder de pensar o jogo. Posição que pode mudar até o fim da janela de transferências, neste mês.
Se o fim do primeiro tempo foi morno, o segundo foi geladíssimo. Com exceção do abafa do Tottenham no fim do jogo, pouco se viu. A zaga dos Red Devils foi pouco exigida. Entre os defensores, Darmian era estreante. Com a responsabilidade de ser a salvação da lateral-direita, o italiano fez boa atuação, foi preciso, seguro, ajudou na defesa e apoiou no ataque. Pela esquerda, depois de conviver com as lesões no último campeonato, Luke Shaw voltou com boa atuação.
Os volantes precisam de mais tempo, e também, de uma definição que só acontecerá no decorrer dos jogos. Carrick e Schneiderlin começaram como titulares. Principal reforço da temporada, Bastian entrou em campo na segunda etapa. Fez o básico. Normal para uma estreia. Herrera substituiu Depay, para jogar a frente dos zagueiros, fazendo a ligação com o ataque.
Do meio pra frente, Chicharito, James Wilson, Fellaini, Januzaj e Andreas Pereira foram nomes que não estiveram em campo. A concorrência pode aumentar ainda mais, caso se concretize a chegada de Pedro, do Barcelona. Pode surgir um 4-3-3 ou 4-2-3-1. Em qualquer um dos esquemas, a objetividade e o último passe, devem ser trabalhados. Por muitas vezes, o United rodou, rodou e não chegou a lugar algum.
Como diria a sabedoria popular, "é o que tem pra hoje". A compactação e a rápida saída no contra golpe são pontos positivos para o Manchester. Mais uma vez lidando com saídas e chegadas, Van Gaal novamente vai ter que pedir calma aos seus adeptos. No aniversário do chefe, seus jogadores lhe deram um pequeno mimo, ainda longe de ser um grande presente.
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