segunda-feira, 20 de março de 2017

Pilotos da F1 2017






Nessa temporada 2017, teremos dez equipes e vinte pilotos, disputando de março à novembro as 20 etapas do circo da Formula 1. Desses vinte pilotos, apenas um, Lance Stroll, da Williams, é estreante na categoria.

Dos outros dezenove, apenas Stoffel Vandoorne não disputou uma temporada inteira, ele correu apenas o GP do Bahrein de 2016, substituindo o machucado Fernando Alonso na Mclaren. Teremos a presença de quatro campeões mundiais esse ano: Sebastian Vettel, Kimi Raikkonen, Fernando Alonso e Lewis Hamilton. São somados dez títulos mundiais na pista. Trazemos abaixo um breve perfil de cada um dos pilotos que vai disputar a temporada 2017 e o que esperarmos deles:


Lewis Hamilton


Foto: Skysports


O tricampeão e atual vice tentará retomar a hegemonia na categoria. Com a melhor equipe ou talvez uma das melhores, o inglês deverá ser forte candidato para levantar a taça pela quarta vez. Sem Nico Rosberg, Bottas deverá também dar trabalho ao piloto e ao mesmo tempo manter o nível do time elevado na disputa. Com um título ainda pela Mclaren, lá em 2008, e dois pela Mercedes, 2014 e 15, Hamilton tenta entrar para a história e seguir superando recordes. Já tem 53 vitórias e 65 pole positions, atrás apenas de Schumacher, que tem 91 triunfos. 




Valtteri Bottas


Foto: Mercedes/Divulgação


Vindo da Williams, Bottas tentará provar que foi uma escolha sábia dos chefes da Mercedes. Estreando na categoria em 2013, o finlandês segue querendo mais e agora podendo, já que terá o até então melhor carro do grid. Na equipe de Sir Frank, aos poucos igualou e superou Massa, mas agora terá Hamilton como grande oponente a superar. É difícil falar que a Mercedes sobrará tanto nesse ano, mas podemos apostar que o finlandês deverá conseguir sua primeira vitória na categoria e ao menos fazer sombra a Hamilton. 


Daniel Ricciardo


Foto: Octane Photographic Ltd


O homem do sorriso vem sorrindo um pouco menos nos últimos tempos. A Red Bull não conseguiu se resolver tão bem com o motor Renault/Tag Heuer e o carro não foi páreo para as flechas prateadas da Mercedes. O australiano, que estrou na categoria na Hispania, foi para a Toro Rosso e venceu seis corridas na Red Bull, espera um carro que faça frente e brigue por mais vitórias. Ao lado de Verstappen, outro jovem talentosíssimo, poderão dar mais trabalho para Ferrari e Mercedes nesse ano. 


Max Verstappen



Se há alguém em quem apostar no futuro esse é Max Verstappen. Talentoso e arrojado, o menino chamou a atenção na Fórmula 3, pulou para a Fórmula 1 aos 17 anos e no ano seguinte assumiu o lugar de Kvyat na Red Bull, para de lá não sair mais e ainda conquistar uma vitória, Nesse ano que terá inteiro na Red Bull, Max poderá ter tempo para desenvolver mais ainda e se firmar como um dos grandes pilotos do grid. Além do talento, como já dissemos, fica a expectativa para que o carro da sorte da Red Bull, o RB 13, seja mais forte do que os anteriores vinham sendo. 


Sebastian Vettel



O alemão tetracampeão, que lá em 2008 corria na Toro Rosso e venceu o GP da Itália na chuva, foi para a Red Bull e lá ganhou tudo, agora busca fazer história na Ferrari, a equipe que diz sempre ter sonhado em correr. Na terceira temporada na escuderia mais tradicional do grid, Vettel quer voltar a vencer, ano passado ficou zerado, e imaginamos que tenha condições, já que a Ferrari parece vir mais forte e mais pronta para tentar lutar de igual para igual com a Mercedes em 2017. 
Em um 2016 fraco e que o alemão mais se irritou e xingou a tudo e todos no rádio, fica o questionamento se ele colocará a cabeça mais no lugar e trabalhará mais com o time por resultados mais expressivos. 


Kimi Raikkonen


Foto via Autosport

O campeão de 2007 e mais experiente do grid com 37 anos, o Iceman, dez anos depois ainda não conseguiu voltar aos anos de glória. Campeão com a Ferrari, Raikkonen voltou em 2014 ao time, porém o máximo que conseguiu foi um quarto lugar geral na temporada 2015. Não vence uma prova desde 2013, quando ainda estava na Lotus. 
Em muitos momentos ele aparenta não estar com muita vontade de correr e em algumas provas temos lampejos do velho Kimi que mostrava habilidade, arrojo e brigava por vitórias. Quem sabe a melhora do carro também anime o finlandês e traga ele de volta para um final de carreira com triunfos. 

Felipe Massa



De aposentado a piloto principal da Williams, essa foi a reviravolta nesse final de ano de Felipe Massa. O brasileiro, que viveu seu auge na Ferrari e vinha fazendo temporadas medianas na Williams, foi chamado para o time novamente quando a equipe perdeu Bottas para a Mercedes e se viu sem um nome experiente para apoiar o novato Lance Stroll. Não sabemos em que condições a Williams voltará, mas, um pouco como Raikkonen, sabemos que Massa tem talento e condições de brigar por algo mais do que estava brigando. 

Lance Stroll


Foto via Skysports
Filho de um bilionário, Stroll, com 18 anos, estreia na Fórmula 1 com uma carreira curta. Correu em categorias menores e de formação, sendo campeão da F3 Europeia ano passado. Era do programa de pilotos da Ferrari, sendo que o pai foi patrocinador da equipe nos tempos de Schumacher, mas decidiu ir para a Williams no programa de formação do time. Era piloto de testes da equipe ano passado, mas ainda falta experiência ao garoto para ser um grande piloto. Terá o suporte de um time grande e que tem estrutura para desenvolver o potencial, além de ser parceiro de Felipe Massa. 
É uma aposta, mas quem sabe pode ter bons resultados já nessa temporada.


Sergio Perez

Foto via Skysports
Em sua sétima temporada na Fórmula 1, após passar por Sauber e Mclaren, o mexicano está desde 2014 na Force India. No time de Vijay Mallya, vem conseguindo se recuperar temporada a temporada e ajuda a equipe a sonhar mais alto, tentar se equiparar mais aos grandes. Não será uma tarefa fácil, até porque a equipe acabou perdendo Nico Hulkenberg e trouxe Ocon, que não é do mesmo nível, mas Perez tem qualidade para brigar por bons pontos para os indianos. 


Esteban Ocon

Foto via Autosport

Vindo da DTM meio por acaso, após a saída de Rio Haryanto por fim de contrato e dinheiro, o francês Ocon fez sete corridas em 2016 pela Manor. É difícil avaliar um piloto que correu em uma equipe de expressão tão pequena como a Manor, que não propicia muito desenvolvimento, mas do pouco que pudemos ver Ocon não provou ser ainda um piloto de qualidade. Agora, em um carro com bem mais potencial, veremos do que o piloto é capaz e se poderá fazer frente ao companheiro de time Perez. 

Fernando Alonso

Foto via ESPN
Dos mais experientes do grid, Alonso tenta se reerguer e reerguer a Mclaren. O bicampeão mundial, quando corria pela Renault, passou pela Mclaren sem muito sucesso, voltou para a Renault e foi para a Ferrari e voltou em 2014 de novo para a Mclaren, onde está até hoje. Ele e o time acreditam na parceria histórica com a Honda, a qual trouxe os gloriosos anos de conquistas da equipe nos anos 80 e começo dos 90. 

Porém, o carro não vem rendendo, como falamos no post das equipes, e Alonso vai perecendo e reclamando abertamente que o carro não é bom o suficiente para se brigar por vitórias ou resultados expressivos. Talvez em seu último ano de Fórmula 1, o espanhol pode ter um final um pouco triste e sem muito o que comemorar pela segunda passagem no time inglês.



Stoffel Vandoorne


O jovem belga correu apenas uma corrida pela categoria máxima do automobilismo em sua carreira. Foi o GP do Bahrein do ano passado, quando Fernando Alonso estava machucado e precisou ser substituído. Ele terminou em décimo lugar. Campeão da GP2 em 2015, Vandoorne era preterido em alguma equipe para 2016, mas acabou fechando como piloto de testes da Mclaren e não conseguiu a titularidade. 

Mas, apostando no garoto, a Mclaren não titubeou e com a saída de Jenson Button elevou o piloto de testes para a titularidade. Vandoorne parece um piloto mais preparado para o que encontrará na Fórmula 1, sem sentir tanta pressão e tendo feito uma base boa. O problema talvez fique no carro não tão bom, mas podemos ter bons resultados do belga. 


Romain Grosjean


Também campeão da GP2, lá em 2011, Grosjean chegou a correr na Fórmula 1 antes, já em 2009, mas foi em 2012 que fez uma temporada inteira, correndo na Lotus. Em 2013 fez seu melhor ano, com cinco terceiros lugares, mas saiu do time que vinha decaindo em 2015. Apostando no novo projeto da endinheirada e estruturada Haas, foi para o time americano. 
Não fez um ano exatamente bom, mas ajudou a colocar a equipe fora dos times pequenos na primeira temporada. Grosjean provou ter talento, nos tempos de Lotus, mas fica a dúvida se conseguirá resgatar parte disso e se a Haas terá um carro mais forte para esse ano. 


Kevin Magnussen


Foto: BT


Mesmo jovem, com 24 anos, Magnussen pode dizer que já conseguiu uma façanha. Correu por todos os quatro principais motores da atualidade: começou na Mclaren com motor Mercedes, foi piloto de testes da Mclaren já com motores Honda, correu na Renault com motores da montadora e agora vai correr com a Haas usando motores Ferrari. Apesar de ter corrido em equipes de boa expressão, os resultados não foram dos melhores, o dinamarquês ainda deve uma temporada com mais regularidade e resultados mais impactantes. Na Haas, tenta crescer junto com a equipe e quem sabe beliscar alguns lugares mais próximos do topo do grid. 

Nico Hulkenberg


Foto via Autoracing
Mais uma alemão na categoria, Hulkenberg começou na Williams, onde correu por uma temporada. Saiu, passou pela Force India, Sauber, Force India de novo e agora aposta no projeto da Renault. Apesar de não ter se firmado por muito tempo em uma equipe só, o alemão demonstrou bastante qualidade e talento, colocando principalmente a Force India entre os primeiros em várias ocasiões. Foi cotado em equipes maiores, como a própria Ferrari, mas as especulações não se confirmaram. Agora na Renault, Hulk terá um novo começo, apostando em um desenvolvimento dos carros preto e amarelo para que tenha condições de lutar por lugares mais altos na classificação. 

Jolyon Palmer




Apesar de ter feito até frente ao companheiro de Renault da temporada passada, Magnussen, Palmer não parece um piloto interessante para se apostar em resultados mais expressivos ou que possa surpreender na temporada. Pontuou apenas uma vez em 2016 e abandonou seis provas das vinte e uma do ano. A Renault parece mais preparada e organizada para essa temporada, mas fica a dúvida sobre o quanto Palmer pode render. 

Marcus Ericsson


Foto via Skysports
O sueco de 26 anos vem para a quarta temporada na F1. Começou na Caterham, que não sobreviveu a temporada toda de 2014 e abandonou o circo da Fórmula 1 restando três provas para o fim. No ano seguinte, Ericsson foi para a Sauber, onde fez um 2015 razoável para os padrões do time e um 2016 fraco, também pelo péssimo carro concebido pela equipe e que usava o motor do ano anterior. Infelizmente, as previsões seguem sendo de desempenho ruim. A equipe novamente usará um motor Ferrari antigo para controlar os custos e o sueco terá trabalho para conseguir algo mais do que o fundo do grid. 


Pascal Wehrlein
Foto via Skysports
Mais um da dinastia alemã na categoria, Wehrlein chegou a ser cotado inclusive como piloto da Mercedes, quando Nico Rosberg anunciou a aposentadoria após o título mundial. Mas, a equipe não confiou tanto no piloto formado na academia de pilotos do time e contratou Bottas. Para não ficar sem lugar na categoria, Wehrlein aceitou correr pela Sauber, provavelmente o pior time do grid agora que a Manor, seu antigo time, abandonou o barco. Assim, ficaremos sem saber muito bem o potencial do piloto, que almejava um futuro na Mercedes e agora terá que remar bastante por uma equipe com sérios problemas. 


Daniil Kvyat


Após estar na Red Bull, vindo da própria STR, Kvyat não vinha bem e foi trocado no meio de 2016 pelo jovem talento Max Verstappen. De lá para cá, Kvyat não vem rendendo bem e sentiu no rendimento a troca. Mais para o final da temporada começou a render melhor e quem sabe em 2017 ele possa estar mais no nível de Carlos Sainz e brigando por lugares nos pontos para a Toro Rosso. O russo não é um grande talento, mas com um carro equilibrado como o dos italianos pode conseguir algo mais. 


Carlos Sainz Jr.



O espanhol, filho de um dos maiores pilotos de rali da história, chegou na Fórmula 1 em 2015 e fez duas temporadas interessantes, pontuando na maioria das corridas. O problema é que os abandonos também foram frequentes. É um piloto com potencial e diria que o próximo na linha sucessória para um posto na Red Bull, caso um dos dois pilotos titulares saia do time. Vem provando ser um piloto inteligente e com talento para brigar entre os grandes. Ainda tem uma carreira pela frente e se seguir fazendo um bom trabalho na Toro Rosso tem um bom futuro em uma equipe maior. 






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