terça-feira, 19 de junho de 2018

O grupo do equilíbrio e a vitória russa



No fechamento da primeira rodada e começo da segunda, o grupo H viu muito equilíbrio e a Rússia quase carimbou a vaga na segunda fase da Copa. 

Japão x Colômbia

Foto: Twitter/FIFA
Os colombianos vieram para a Copa do Mundo com boas expectativas. Fizeram uma boa eliminatória e trazem o bom retrospecto da última Copa, quando pararam diante do Brasil nas quartas de final. A base da equipe foi mantida, com Ospina no gol, James Rodriguez e Cuadrado no meio e Falcao na frente, que não jogou em 2014 por lesão e ressurge em 2018. A diferença se deu no estilo de jogo, com José Pekerman fazendo o time jogar com as linhas mais próximas e com os jogadores saindo mais da posição deles para ajudar nas jogadas. O time pressiona mais pela bola no campo de ataque do que volta correndo para a defesa ao perder a posse. Isso também pode causar prejuízo porque a defesa colombiana não é das mais ágeis, então cede espaço para os contra golpes.

Já os japoneses chegam com uma equipe veterana e um treinador novo, contratado há dois meses do mundial, o treinador do time sub-23, Akira Nishino. Apesar de ter se classificado em primeiro no grupo com Austrália e Arábia Saudita, os japoneses não apresentaram um bom futebol e ainda dependem muito dos maiores nomes do time, Honda, Kagawa, Okazaki e Nagatomo. Nishino preferiu não apostar em jovens revelações japonesas que eram bastante cotadas na seleção para essa Copa, e assim deixou mais dúvidas sobre como o time poderia se comportar. O destaque do jogo japonês é a linha de cinco do meio campo, que chega com dois alas para alimentar o ataque.

No confronto de hoje, um dos fatores que mudaram a partida foi a expulsão de Sanchez, que tocou com o braço na bola, foi expulso e deu um pênalti para o Japão. Mesmo com um a menos, a Colômbia correu atrás do placar e até empatou o jogo, além de equilibrar as ações. O Japão conseguiu se acertar apenas na segunda etapa e tocar mais a bola, o que favorecia o fato de ter um jogador a mais. Assim, conseguiu chegar mais perto da área e marcar o gol da vitória contra uma das favoritas do grupo.






Polônia x Senegal

Foto: Twitter/FIFA

Buscando chegar mais longe e surpreender na competição, a Polônia vem com um estilo de jogo diferente. Jogando com três zagueiros, faz com que as jogadas ofensivas já comecem neles, que podem abrir para as laterais e buscar os pontas e alas para o jogo. Tanto os pontas quanto Lewandowski, o astro da seleção, vem buscar a bola e construir a jogada, abrindo espaço para os outros jogadores chegarem nos espaços deixados. Quando fica sem a bola, a seleção polonesa faz a pressão e tenta evitar recuar para conseguir a bola. O risco desses estilos de jogo é sempre o contra golpe e as jogadas de velocidade adversárias. 

Os senegaleses chegam querendo repetir o feito de 2002, alcançar as quartas de final. Comandados por Aliou Cissé, que jogou naquela seleção, Senegal vem com um estilo de jogo rápido e de marcação avançada. Joga num 5-3-2, que beneficia o time ser rápido e chegar com a bola em Mané e Diouf, os atacantes. Assim, o time tem um contra golpe forte e quando perde a bola na frente trabalha na pressão para surpreender.

Na partida, os dois estilos acabaram acontecendo, com a Polônia conseguindo ter mais posse e rodando mais a bola, enquanto Senegal jogava nas saídas rápidas e espaços deixados pelo adversário. Os poloneses tiveram 59% de posse e Senegal 41%. Nos chutes a gol vemos como a eficiência fez falta para a Polônia. Foram quatro chutes a gol e um tento anotado, enquanto os senegaleses chutaram duas vezes no gol e marcaram nos dois chutes. Outro fator curioso ficou nos gols senegaleses, um na velocidade e outro na pressão da marcação, justamente as características principais da equipe. 

Grupo H bem aberto, todos os jogos tendem a ser decisões para as equipes até o final da primeira fase, já que os não favoritos Japão e Senegal venceram e agora Colômbia e Polônia, os supostos favoritos, precisarão correr atrás do prejuízo. Promessa de emoção por aqui.





Rússia x Egito

Foto: Twitter/FIFA

Depois da boa estreia com cinco a zero sobre a Arábia Saudita, a Rússia tinha um teste maior contra o Egito, que tinha a volta de Salah e precisava a todo custo vencer os donos da casa para seguirem com chances reais de classificação. Desde o início de partida os russos mostraram maior domínio e chegavam com maior perigo que a seleção egípcia, que não encontrava muitos espaços e via Salah isolado. O que faltava era mais precisão, que não faltou no segundo tempo. Foram quatro chutes no gol no segundo tempo, todos eles foram gols. Três gols russos e o pênalti convertido por Salah. Faltou qualidade e mais organização para o Egito buscar uma reação e ter segurado a Rússia, que se não tem um time forte ao menos mostra organização e aplicação dos jogadores em campo. São oito gols em dois jogos e duas vitórias que deixam o time mais tranquilo para a rodada final, diante do Uruguai.





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