No final de semana de Copa do Mundo, tivemos a estreia de França, Argentina, Alemanha e Brasil. As campeãs mundiais não tiveram vida fácil contra Austrália, Islândia, México e Suíça, adversários teoricamente superáveis por seleções colocadas por muitos como favoritas para a conquista do mundial. A primeira fase serve para se classificar, não para apresentar logo de cara o melhor futebol, mas no caso dessa Copa, o equilíbrio nos jogos parece ser uma tônica.
França
Foto: Twitter/FIFA |
Os franceses vieram com a expectativa nos talentos de Mbappé, Griezmann e Pogba, que comandam uma seleção de jogadores com renome nos principais clubes europeus. No entanto, o que o time apresentou em campo foi aquém do imaginado. Se percebia pouca mobilidade dos jogadores para buscar mais a tabela e os avanços, fazendo com que o time apenas rodasse a bola a procura de espaços e não os criasse. Tanto que o time iniciou o jogo sem uma referência no ataque, com Griezmann sendo o homem centralizado, e depois colocou Giroud para tentar mais efetividade.
Diante da Austrália, que tem suas qualidades, mas no papel não superaria os franceses, o time campeão de 1998 ficou devendo e saiu com muito lucro com a vitória, porque pelo futebol não foi tão merecido o triunfo. Destaque também para o fator decisivo do VAR, que colaborou para a marcação dos dois pênaltis e a tecnologia da linha do gol, que confirmou o gol contra australiano.
Argentina
Foto: Twitter/FIFA |
Os hermanos encararam a Islândia na estreia e tiveram bastante dificuldade. Jogando sempre buscando Lionel Messi, a Argentina encontrou os adversários e estreantes na Copa jogando totalmente fechados e apostando no contra ataque. Como os lances procuravam excessivamente o camisa 10 argentino, os islandeses cercavam o jogador e evitavam que ele criasse mais perigo. Messi precisava começar, conduzir e chegar para finalizar as jogadas tamanha a dificuldade de jogo dos argentinos.
O time poderia ter dado até mais sorte, mas Messi perdeu o pênalti que daria a vitória. Nos números, a Argentina teve 27 chutes feitos, com 7 indo pro gol, enquanto a Islândia chutou 8 e mandou 2 pro gol. A posse de bola argentina foi de 77%, mas que não se converteu em perigo real aos islandeses pela verdadeira muralha defensiva que conseguiu ter sucesso em bloquear os adversários. Para os próximos jogos, a Argentina precisará jogar com os outros jogadores e não centralizar tudo em Messi, para que o 10 apareça no momento certo para decidir.
Alemanha
Foto: Twitter/FIFA |
Na estreia da atual campeã mundial, muitas surpresas e a vitória mexicana. Os alemães jogaram durante o tempo todo na base dos toques e procurando o melhor espaço para o chute, mas encontraram uma defesa mexicana bem postada e o goleiro Ochoa, que na seleção parece outro goleiro, salvando tudo. Foram nove chutes a gol alemães contra quatro mexicanos. O que os alemães não esperavam era o estilo de jogo do México, que conseguia ser perigosíssimo nos contra golpes, saindo com muita velocidade e encontrando a defesa alemã aberta, já que o time joga adiantado.
Se os atletas mexicanos tivessem mais paciência e qualidade o placar poderia ter sido até maior, tamanha a quantidade de contra ataques e chances de gol perdidas. Muito se fala da efetividade alemã e da paciência para criar e encontrar o gol, não vimos isso acontecer de maneira concreta e poderemos ver alguma mudança no time para os próximos jogos, que precisarão ser vencidos caso a seleção queira passar de fase.
Brasil
Foto: Twitter/FIFA |
A seleção brasileira estreou ontem e fez dois tempos bem distintos. No primeiro, tinha o futebol que nos acostumamos na era Tite, com passes, chances boas criadas, criatividade e efetividade. A Suíça pouco conseguiu fazer diante do bom volume de jogo brasileiro. Mas, na segunda etapa, o espaço para o time suíço ficou maior e o adversário dos brasileiros começou a criar maior perigo, culminando no gol de Zuber. Após o gol, a equipe brasileira se transformou e ficou muito pouco criativa, jogando muito com Neymar, que chamava os lances para a individualidade e era parado pelos marcadores suíços, muitas vezes com falta. O atacante sofreu 10 das 19 faltas que a seleção sofreu no jogo.
Além do abalo sofrido com o gol, Tite acabou tirando Casemiro para ele não levar outro cartão e colocou Fernandinho, além de colocar Renato Augusto e mais a frente, aos 30 minutos já, escalar Firmino. Principalmente Renato e Fernandinho foram opções que não colaboraram para que o Brasil tivesse mais volume e efetividade para buscar a vitória. Muito se criticou a arbitragem e que o VAR não teria sido chamado para os lances polêmicos, mas o Brasil ficou devendo em campo e a arbitragem não pode ser culpada pelo empate.
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