Salve Salve nerds!
No esporte, muitas são as dificuldades para que um atleta consiga enfim se realizar profissionalmente, defender a sua seleção nacional, ou qualquer sonho que se possa ter na área. Porém, muitos são os obstáculos, e vários ficam pelo caminho por limitações dos mais variados tipos, por falta de estrutura, incentivo, e pela inabilidade em algumas vezes.
Os atletas que conseguem superar tudo isso, e ainda assim se tornarem verdadeiros profissionais, com remuneração digna, estruturas de treino boas, e tudo para fazerem o seu melhor, ainda encontram problemas que tentaremos entender nesse post. Temos vários casos de profissionais que, de um momento para o outro, tiveram quedas de rendimento acentuadas, ou mesmo foram pegos em dopings por uso de drogas como maconha, cocaína e etc. Também se enquadra o alcoolismo, que fez e faz vítimas também no ramo esportivo.
Vamos para alguns casos bem conhecidos:
Nos anos 60, Garrincha foi um dos maiores destaques do Botafogo e da Seleção Brasileira. Em 1962, venceu a Copa do Mundo ao lado de Pelé, sendo grande destaque pelos seus dribles. Vale lembrar que Pelé e Garrincha, juntos, nunca perderam uma partida. Saindo do futebol, Garrincha era extremamente ligado à bebida, e dizem algumas fontes que desde muito pequeno, ainda criança, seus pais davam-lhe de beber na mamadeira. No meio de sua carreira, Garrincha começou a mostrar sinais de grande influência do álcool na sua qualidade de jogo, e foi sendo mandado de time em time, de porta em porta sem se firmar em lugar algum. Por fim, acabou deixando o futebol, e precocemente veio a falecer por grande causa do seu alcoolismo.
O craque Mané ao lado de Pelé
Outro grande jogador de seu tempo, Diego Armando Maradona estragou seu final de carreira. Em 1991, quando jogava no Nápoli, da Itália, o craque argentino foi pego no exame anti-doping por uso de cocaína, o que lhe gerou uma suspensão de 15 meses de jogos oficiais. Na Argentina, foi preso por porte de drogas, e obrigado a realizar tratamento para se recuperar. Entretanto, na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, Maradona caiu mais uma vez no doping, por uso de anabolizantes, e foi novamente suspenso por 15 meses pela FIFA.
Em 1996, no Boca Juniors, pela terceira vez o doping deu positivo, e dois meses depois o jogador se aposentou, e a alguns anos quase veio a falecer por consequência das drogas.
Voltando para solos brasileiros, falamos de Adriano, um jogador importantíssimo para o Brasil, que hoje está esquecido e desvalorizado cada vez mais. Adriano começou sua carreira no Flamengo, e logo mostrou qualidade, principalmente com seus fortes chutes. Não demorou muito e foi jogar na Itália, onde fez mais sucesso na Internazionale de Milão, e lá ganhou seu apelido, o Imperador. Na seleção brasileira não era diferente, garantiu o título ao Brasil na Copa América de 2004, e o da Copa das Confederações de 2005. Foi para a Copa do Mundo de 2006, e continuava atuando em alto nível.
Com todo esse sucesso, eis que Adriano começou sua queda, e os boatos de sua possível saída do time se afloravam, principalmente por ir a muitas festas e beber muito. Teve passagem pelo São Paulo e pela Roma, mas mesmo com toda a desconfiança, voltou ao Flamengo para reinar, e foi campeão brasileiro de 2009, sendo o grande destaque do clube. Após isso, voltou para a Itália, porém novamente os problemas voltaram, e Adriano foi parar no Corinthians, em 2011, onde atuou somente por 2 ou 3 partidas, e foi rescindido seu contrato por faltar a treinos e a fisioterapia, pois se recuperava de lesões sucessivas.
O Flamengo tentou novamente acreditar no potencial do atleta, porém as faltas aos treinamentos eram constantes, e o Imperador ficou sem clube. Nesses últimos dias, surgiu o interesse do Internacional em contratá-lo, porém foi recusado mais uma vez em grande parte pelo histórico que tem ultimamente.
Tragicamente, é difícil imaginar Adriano de volta ao futebol com qualidade e com algum comprometimento, torço para estar enganado e que ele tenha um final de carreira por vir.
Outro ex-jogador do Botafogo que tinha grande potencial vem perdendo sua batalha com as drogas e o alcoolismo, é Jóbson. De 2011 até hoje, Jóbson esteve em campo em apenas 36 jogos oficiais, o que é muito pouco e pode ser atingido em meia temporada brasileira. O jogador começou sua carreira no Brasiliense, mas ganhou destaque no Botafogo, em 2009, por seus gols sua qualidade de jogo.
Ainda no Botafogo, foi detectado uso de crack pelo atleta, que foi julgado e pegou leve pena. Mesmo sem dopings comprovados, o jogador não se firmou no Botafogo, teve sua contratação cancelada quando jogaria no Cruzeiro, e saiu do Bahia e do Atlético Mineiro por mal comportamento.
Em 2011, foi julgado pela Agência Mundial Anti-Doping, por uso de crack, mas teve punição aliviada por ser considerado dependente químico, e pegou novos seis meses de punição. Teve passagem rapídissima por Grêmio Barueri e São Caetano, onde se envolveu em brigas com sua esposa, e foi preso por agressão.
Poderíamos citar mais casos, como o do goleiro do Atlético Paranaense, que está em tratamento por uso de drogas, e admitiu o vício. Temos também o atacante do Fluminense, que recentemente caiu no doping, e também está em tratamento. Muitas são as consequências do uso de entorpecentes, mas tentamos entender as causas de atletas com tanto sucesso irem para este caminho.
Muitos, aqui no Brasil, vem de origem humilde, e a rápida riqueza acaba "subido a cabeça" dessas pessoas que cresceram com muito pouco. Muitas pessoas acabam cercando os jogadores, e nem todas são boas influencias, e em um deslize o vício em drogas e álcool, nas festas e baladas frequentadas por eles, acabam surgindo. A maioria das equipes não tem um departamento de psicologia para orientação dos atletas desde a base, para que pessoas não sejam perdidas. Faz-se necessária a presença desses profissionais e de constante formação dos clubes com os atletas, afinal eles são os lucros e os prejuízos.
Até mais!
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