quinta-feira, 10 de outubro de 2013

É Esporte ou Desgraça? - Futebol de Botão



Salve Salve nerds!

Mais uma vez falamos de um esporte, ou jogo, ou uma mistura entre os dois. É o saudoso Futebol de Botão, que fez a infância de muitos fãs do futebol e que antes dos videogames imaginavam-se controlando os seus astros do esporte através dos botões.




O Futebol de Botão surgiu aqui no Brasil em 1930, criado por Geraldo Cardoso Décourt, que inicialmente praticava a até então distração com botões de madeira. Geraldo viajava pelo país, divulgando o que hoje é considerado esporte, e de 1930 a 1980 variações do Botão existiam, desde o material dos botões, a bolinha, os gols, o tamanho do "campo" e outras coisas. Na década de 70 a Estrela produziu o Estrelão, o que de certa forma padronizou um pouco o tamanho dos campos, inclusive, até hoje tenho aqui no QG Nerd Esporte um Estrelão em condições de uso, herdado.




Com a explosão da modalidade, as empresas produziram até séries especiais baseadas nas seleções de 58 e 62, e em grandes clubes do Rio de Janeiro e de São Paulo. Os botões e traves eram vendidos em bancas de jornais, e segundo quem me deu o Estrelão, o pai Nerd Esporte, uma revista esportiva trazia em suas edições os escudos para serem colocados nos botões, o que também até hoje tenho aqui.


Regras:
Nas regras que me foram ensinadas, haviam um goleiro e dez outros botões. O goleiro era diferente, e antigamente era uma caixa de fósforo, e hoje em dia o formato profissional é parecido com o de uma caixa de fósforo mesmo. Para se moverem os botões é necessário o uso da palheta, que dá o impulso quando apertada contra o botão que quer se mover. 
Quando eu jogava era permitido apenas 3 toques na bolinha por botão, e após isso deveria se tentar tocar com outro botão. Caso não se conseguisse, era a vez do adversário tentar o toque na bolinha, e assim sucessivamente. Quando se queria chutar deveria se avisar, pois assim o goleiro adversário poderia ser posicionado para evitar o gol, dentro dos limites da área, assim como no futebol normal também há as marcações. Se o jogador não encostar na bolinha automaticamente a vez é passada para o adversário. 
Não era permitido marcar gols atrás do meio de campo, e em caso de cobrança de faltas poderia se arrumar a barreira com os jogadores, além do goleiro. A falta era marcada quando se tocava antes no botão do outro time ao invés de se tocar na bolinha.
Já no profissional, há variação quanto ao número de toques e em relação ao tempo de jogo, e cada variação acabou se tornando quase uma modalidade dentro do próprio futebol de botão no Brasil. Assim, há campeonatos de cada uma das modalidades, realizados todos os anos, inclusive algumas com campeonatos mundiais. Em 1977 o então definido Futebol de Mesa foi reconhecido por lei como um esporte, e atualmente tem federação que representa os atletas.
No restante do mundo, é mais praticado o Sectorball, que tem muitas semelhanças com o nosso futebol de botão. O Sectorball é mais praticado no leste europeu, e os países desta região normalmente dominam o pódio, com o Brasil como intruso de vez em quando. 
Para maiores informações sobre o Futebol de Botão, Futebol de Mesa, Sectorball e outros você confere AQUI.

Se você NUNCA viu alguém praticando este esporte, confira agora em vídeo:



Até mais!

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