quinta-feira, 5 de julho de 2018

Prévia das quartas de final da Copa



Chegamos na reta final da Copa do Mundo e os oito melhores da competição se enfrentam em confrontos equilibrados. Confira as prévias:

Uruguai x França

Foto: Twitter/FIFA

No confronto que envolve três títulos mundiais, um duelo que promete bastante na manhã de sexta-feira. De um lado está o Uruguai, com a melhor defesa da Copa junto ao Brasil, com a penas um gol tomado, diante de Portugal. Gimenez e Godin são talvez a melhor zaga desse mundial e dão enorme segurança para que o time jogue no resto do campo. O meio campo não é tão criativo, mas a função dele é conseguir que a bola chegue de algum modo em Suarez e Cavani, que é dúvida para o jogo de amanhã e não foi confirmado ou descartado ainda. A dupla de atacantes se entende muito bem e pode ser capaz de decidir o jogo a favor da celeste. A equipe não deverá dominar a partida e ser perigosa o tempo todo, mas a disposiçao tática e a vontade dos jogadores em campo dificilmente não são vistos. 

No outro lado, a França vem com uma equipe de grandiosos nomes e que até se imaginava melhor para uma próxima Copa do Mundo talvez. Quando foram testados e levaram a provisória virada da Argentina, souberam buscar o resultado e viraram com propriedade, mostrando poder de reação e que o time tem equilíbrio. Um dos pilares do time e que foi de grande importância no time foi o volante Kanté, que recupera as bolas no meio campo e ajuda no início das jogadas de ataque  dos franceses. Se diante dos nossos hermanos havia mais espaço para os contra golpes e jogadas em velocidade com Mbappé, diante dos uruguaios esse espaço deverá ser menor e, além disso, como já falado, a defesa celeste conta com peças mais qualificadas. Deverá ser um jogo de paciência entre as equipes, que não encontrarão facilidade e nem muito espaço. A França provavelmente tenha que propor mais o jogo e o Uruguai buscará esperar a hora de dar o contra ataque.

Brasil x Bélgica

Foto: Twitter/FIFA

Repetindo o confronto das oitavas de final de 2002, as duas seleções se encontram na Rússia. O Brasil vem com um time equilibrado. Levou apenas um gol, não sofreu muito com a defesa, sabendo controlar a presão inicial que sofreu do México, e reagiu na segunda etapa com o meio e o ataque trabalhando. Depois de Filipe Luis jogar, Marcelo retorna ao time e fica a preocupação dos espaços que podem ser deixados por ele, já que o lateral é mais ofensivo que Filipe Luis. Na frente, mesmo sem ainda ter marcado na Copa, Gabriel Jesus é bancado por Tite e segue titular ao lado de Neymar e Willian. A seleção deverá encontrar espaços no time belga, que quando vai ao ataque cede espaços grandes ao adversário, como visto diante dos japoneses. Portanto, as jogadas dos pontas brasileiros deverão ser importantes, além do fato de os defensores belgas não terem tanta velocidade. 

Falando nas forças belgas, do meio pra frente é um time com muito perigo. De Bruyne e Hazard vem sendo os articuladores do jogo, com apoio dos alas Carrasco e Meunier, e Lukaku é quem decide lá na frente. É uma equipe com muita qualidade nos passes e que tem muita criatividade. Apesar disso, na hora em que precisou decidir contra o Japão, o time buscou os tradicionais chuveirinhos na área para conseguir se salvar, com os gols de Vertonghen e Fellaini de cabeça. Se os belgas conseguirem controlar os ímpetos de ataque, já que chegam com muitos jogadores, poderá ter um jogo mais igual contra o Brasil. Porque se não conseguir realizar essa recomposição da defesa, ficará complicado para segurar o ataque brasileiro.

Rússia x Croácia

Foto: Twitter/FIFA

Jogando em casa e depois de ter eliminado de maneira surpreendente a Espanha, agora a Rússia encara a Croácia, que teve trabalho para eliminar a Dinamarca. Os russos vem com a filosofia de o que vier já é lucro, porque havia muita desconfiança na equipe e agora estão nas quartas de final da competição. A força da equipe se encontra no bom posicionamento defensivo, que conseguiu conter a Espanha jogando com a famosa linha de cinco jogadores na frente da área, além do inspiradíssimo goleiro Akinfeev. Falta criatividade e mais qualidade para o time, mas a Rússia joga apostando nos contra ataques e espaços deixados pelas equipes adversárias. Conforme apurado, os gols levados pelos russos foram todos vindos de jogadas de bola parada, que devem ser a fonte de preocupação dos donos da casa.

Já é clichê nessa Copa, mas a Croácia dependerá mais do que nunca de Rakitic e Modric para conseguir sair vencedora desse duelo. Os meias precisão trabalhar para arrumar espaços no ferrolho russo que deverá ser armado, num jogo que poderá ser parecido com o feito diante da Espanha. A diferença talvez se encontre na eficiência de Mandzukic nas jogadas pelo alto, que podem ser uma arma alternativa da equipe para furar o bloqueio adversário, além das jogadas pelas pontas com Rebic e Perisic. Os croatas deverão ter que propor o jogo e se controlar para não dar espaços aos contra golpes, já que contam com defensores não tão velozes.

Suécia x Inglaterra

Foto: Twitter/Federação Inglesa

Voltando para as quartas de final após 24 anos, a Suécia fará um duelo de estilos contra a Inglaterra, que não esperava muito dessa Copa mas agora se coloca como candidata ao título. A grande força da Suécia nesse mundial se encontra na defesa. O selecionado levou apenas dois gols e consegue neutralizar muito bem os adversários já no meio campo, com duas linhas de quatro jogadores que fecham os espaços. A fraqueza do time fica no ataque, onde Berg e Toivonen não conseguiram ainda ser eficientes e não acertaram a pontaria diante da Suíça. O nome que faz a diferença lá na frente é Forsberg, que chama as jogadas e cria espaços. Talvez, como ocorreu diante da Alemanha, os suecos consigam os espaços para os contra golpes, já que os ingleses deverão vir com tudo para tentar furar a defesa adversária.

Mostrando bastante qualidade e com um artilheiro em grande fase, a Inglaterra vem do sufoco contra a Colômbia para esse duelo. Jogando com dois alas/pontas, mais dois meias ofensivos e dois atacantes, os ingleses vem com uma armada toda pra cima dos suecos. Mesmo com todas essas opções e variações para o ataque, a maioria dos gols veio de bolas paradas ou dos pênaltis convertidos por Harry Kane. O time demonstrou muita qualidade e organização para aproveitar bem as bolas aéreas dos escanteios e faltas. Para esse jogo, o desafio será fazer o time encontrar espaços com bola rolando e não só pelo alto, já que os suecos tem uma defesa muito bem postada e com boa média de altura. Além disso, não poderão deixar os espaços para os contra ataques, já que ficará um espaço grande para essas jogadas dos suecos.

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