quinta-feira, 18 de junho de 2015

Alguém viu Fernandinho aí? Não! Eu também não vi Elias...



Por João Vitor Rezende

Habemus Brasil sem Neymar? (Foto: Reuters)

GSW e a dobradinha de MVP's
Deus (ainda) odeia os esportes de Cleveland. LeBron e seus pimpolhos tiveram minha torcida. E James teve papel fundamental pra que essa série não acabasse no quarto jogo. Ao meu ver, merecia o MVP. Porém, a conquista ficou pro seu marcador, que saiu do banco pra fazer a diferença pro Warriors. Já que os "Splash Brothers", Curry e principalmente Thompson, pouco apareceram, Iguodala resolveu. Com média de 16.3 pontos, 5.8 rebotes, 4 assistências e 37 minutos por jogo, o ala dos Warriors recebeu o prêmio de jogador mais valioso das finais.

Leandrinho, o segundo brasileiro a vencer a NBA, apareceu bem. Acertou pelo menos uma bola de três por jogo, com 10 minutos por duelo na série decisiva. Bolas de fora - inclusive de Steph Curry - que resolveram cair no último jogo, deixando o trabalho mais fácil para o Golden State. As jogadas no garrafão foram um desfalque para o Cavs, que teve Lebron carregando o time nas costa e acabou sentindo o cansaço, principalmente nos jogos 4 e 6. Sem Love e Varejão, fica complicado. Tem outros troféu, Cleveland!

Eu já sabia, que ia terminar assim...
Parafrasear Marcelo D2 foi adequado. São muitos os problemas e espero que eu consiga resumir tudo sem me estender tanto. Atuação sofrível. Neymar muito mal e ainda por cima, estressado, nervoso. Isso diz muito. Talvez o craque do Barcelona não esteja tão pronto assim pra ser capitão. Reclamou muito da arbitragem e acabou sendo expulso. Caiu na provocação dos adversários, como é de costume dos brasileiros. Não aprendemos a jogar contra nossos rivais sul-americanos. Não sabemos lidar com a catimba. O cartão vermelho, somado ao segundo amarelo na competição, renderam dois jogos de suspensão (um por cada ato) para Neymar. Como o Brasil vai se virar? E pro azar de Dunga, a Colômbia estava em uma noite inspirada, com destaque para a ótima atuação de Carlos Sanchez,

Com a derrota quase decretada, o que se viu foi um baita bumba meu boi da seleção canarinho. Muita desorganização, que é responsabilidade de Dunga. Tem tanto jogador do Shakhtar entre os selecionados e o mais útil não foi chamado. Fernando é bem melhor que o seu xará diminutivo. E bem mais proveitoso do que Fred, por exemplo, que em minha opinião deveria ter dado lugar a Felipe Anderson na convocação. Vejo que tinha lugar até pra Oscar, no lugar de Douglas Costa. Coutinho aberto, Firmino na frente. Parece que Dunga não assiste as partidas dos seus atletas. E nem de seus adversários, já que relatou na coletiva que "a Colômbia joga compacta, não vai vir pro ataque". Uma coisa não exclui outra, professor.

Algumas coisas ainda não mudaram. 2015 e ainda falamos de "meia armador". Amigo, em qual seleção temos alguém desempenhando esse papel? E em qual time? O "meia armador" transferiu a função pro volante. Hoje, Fernandinho e Elias desapareceram. Nem tão sumidos, já que o jogador do City vem aparecendo muito, abrindo a caixa de ferramentas o tempo inteiro. Dunga tirou o que de melhor tem Elias: a sua capacidade de chegar ao ataque. Os dois, principalmente Fernandinho, não são um primor de técnica e fundamentos, e não aparecem no ataque.. Assim, formando mais volantes dessa forma, 7 a 1 continuará sendo muito pouco. Só pra lembrar, no 7 a 1, Kroos fez dois gols e Khedira fez outro. Dois volantes.

Segundo o jornalista espanhol Alexís Martín-Tamayo, conhecido como Mister Chip, Gales e Romênia passaram o Brasil no ranking da FIFA. Tá que essa contagem é meio balela, mas é um alerta. Tem que ficar de olho. Culpar a arbitragem pela derrota não adianta e é feio. E culpar Dunga pelo estilo de jogo da Seleção, não adianta. Todo mundo sabia que seria assim. Agora, é tarde.

Quem vai me fazer queimar a língua agora?
Cravei a Argentina como favorita no meu último texto (veja aqui). Agora, tenho um pé atrás. Ao mesmo tempo, nenhuma seleção é unânime até o prezado momento. A Argentina engasgou na primeira rodada contra o Paraguai, e venceu o Uruguai fazendo o básico. Uruguai que na abertura suou contra a Jamaica. Jamaica que disputa a Copa América pela primeira vez, no Chile. O Chile começou bem, mas tropeçou no time reserva do México. Time que deu trabalho pro Brasil em amistoso. Brasil que jogou muito mal e perdeu pra Colômbia. Colômbia que perdeu pra Venezuela na primeira rodada. É a Copa América mais imprevisível que já vi. Mas sigo apostando na Argentina, em sua defesa, criticada mas não vazada, em Messi e na evolução de Tevez no torneio.

E a gurizada vai bem, tchê!
O hexa está perto. Não é zueira com a saudosa Copa de 2014. É o sub-20 próximo de alcançar o feito no Mundial da Nova Zelândia. O time me agrada, mas o trabalho do treinador tem sido digno de aplausos. Rogério Micale herdou a convocação de Alexandre Gallo, assumiu em cima da hora e deu conta do recado. Jean, Jorge, Danilo, Gabriel Jesus, o lesionado Judivan e Jean Carlos, podem se transformar em bons frutos para a seleção principal. Ótimo trabalho contra Senegal e vaga assegurada pra lutar pelo título. Mas é bom abrir o olho com a Sérvia. Os sérvios têm melhorado o seu trabalho na base, tanto que está na decisão do Mundial Sub-20 e na fase final do Europeu Sub-21.

Não esgoto o tema aqui. Amanhã tem post sobre a garotada, pra refrescar a memória. Inté!

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