quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Análise Analítica da Copa do Brasil



Salve Salve nerds!




Semana que vem, quarta-feira, teremos a grandiosa final entre dois rubro negros do futebol brasileiro. O Atlético Paranaense, campeão nacional e vice da Libertadores, e o Flamengo, seis vezes campeão nacional e uma vez continental e mundial.
Mas, para essa decisão nada disso entra em conta, ou muito pouco. Vamos agora para a análise das campanhas desses dois grandes times:


Recém voltando da segunda divisão, o Atlético abriu mão do campeonato estadual, e o disputou com o time sub 20/23. Foi vice-campeão, mas preservou os titulares para o restante da temporada, além de revelar jogadores para o elenco profissional. Assim, o furacão paranaense fez justamente sua primeira partida oficial no ano, com a equipe titular, na estreia da Copa do Brasil.
A primeira partida foi contra o Brasil de Pelotas, e havia toda a desconfiança de como o time jogaria, se não seria um desastre ter deixado de lado os principais atletas do elenco no estadual. Os paranaenses não tiveram das melhores atuações, porém foi o suficiente para sair de Pelotas com 1 a 0, gol de Elias. Na volta quem apareceu foi o maestro e um dos destaques do então acesso a série A do time, Paulo Baier. O veteraníssimo meia entrou, marcou um gol e deu passe para o gol de Everton. Final 2 a 0 no Ecoestádio.
Segunda fase e pela frente o América de Natal. Em um estádio preparado as pressas para a partida, e com algumas partes inacabadas, o furacão não tomou conhecimento do adversário, e atropelou o América como se não houvesse amanhã. Com direito a dois gols do artilheiro Éderson, o Atlético goleou o time potiguar por 6 a 2, e nem precisou de jogo de volta em Curitiba.
Próxima fase e novo adversário nordestino, desta vez o Paysandu. Na partida de ida o rubro negro segurou o ímpeto da massa do papão, e saiu satisfeito com o empate por 0 a 0 em Belém. A volta foi no mais novo alçapão atleticano, a Vila Capanema. Com a Arena da Baixada em reformas para a Copa do Mundo, o estádio do Paraná Clube se tornou uma opção para públicos maiores e em um local melhor para a torcida. O novo alçapão deu resultado, e Paulo Baier, no primeiro tempo, juntamente com Marcelo, na segunda etapa, mataram o jogo. O Paysandu descontou com Zé Antônio, o que não adiantou muito. 
Se havia uma asa negra, no caso alviverde, no caminho atleticano em Copas do Brasil, este é o Palmeiras. Nos últimos anos o alviverde se acostumou a eliminar o adversário do Paraná, e novamente os dois se encontraram. A primeira partida foi movimentada, e o Palmeiras chegou ao gol com Vilson. Mas, o Atlético jogou muito melhor e desperdiçou chances claras de gol.
O trunfo rubro negro era a Vila Capanema, e na volta a partida foi um show, um show do time da casa. Sem dar espaços ao Palmeiras, os atleticanos foram totalmente para cima e bombardearam a defesa paulista. O primeiro gol saiu com Éderson, no final do primeiro tempo, e depois Paulo Baier ampliou, além de novamente Éderson completar a classificação e fim do tabu.
Quartas de final e agora o grande adversário era o Internacional. Primeira partida em Novo Hamburgo, mas quem se sentia em casa era o Atlético. Não demorou muito e Paulo Baier, em cobrança de falta, marcou para o furacão. O jogo seguia tranquilo, mas Otávio salvou o Inter da derrota e levou o time ao empate. A segunda partida foi tensa, com os colorados pressionando muito e tentando o gol salvador. Se segurando, o Atlético conseguiu manter o placar zerado, e assim se classificou por ter marcado fora de casa.
Se já bastava um gaúcho, eis que o Grêmio apareceu no caminho. O primeiro jogo da semi final foi na Vila Capanema lotada, mas os torcedores viram um jogo feio, truncado e sem muita criatividade dos dois lados. O Grêmio não contava com Kléber, Barcos e outros desfalques, se recolhendo mais ainda na defesa. Em lance iluminado de Éderson, o atacante cruzou, e Dellatorre cabeceou para marcar, e garantir o gol da vitória. Em Porto Alegre a pressão era enorme, e os tricolores tentaram, e tentaram e chutaram, mas pararam em Weverton, o goleiro que fez milagres e garantiu o time da baixada na sua primeira final de Copa do Brasil em 89 anos de história.


O Flamengo iniciou sua trajetória, a sua lenda do herói, no Pará. Contra o Remo, havia ainda muita desconfiança sobre o time carioca, pois foram precocemente eliminados no estadual, e tinham atuações desastrosas. A partida contra os paraenses não foi boa também, mas Rafinha salvou o time e marcou belo gol, dando ao 1 a 0 um grande valor.
Na volta, em Volta Redonda, eis que surgiu o artilheiro do ano, o atleta decisivo nos momentos mais difíceis, ele Hernane. Mostrando a que veio, o atacante marcou singelos 3 gols contra o Remo, algo que não acontecia no time carioca haviam mais de dois anos. Com essa atuação meteórica de Hernane, o Flamengo se embalou. 
Ainda no Nordeste, o rubro negro carioca foi ao encontro do Campinense, na Paraíba. Mesmo melhor em campo, o Flamengo tomou um susto, e levou um gol do Campinense, anotado por Jeferson Maranhense. Quem garantiu a virada foi Renato Abreu, que nem atua mais pelo clube, e que marcou na ocasião dois gols de falta. Em Juiz de Fora, o jogo de volta para os dois. Novamente o placar foi 2 a 1, com gol contra paraibano, e empate paraibano, mas com golaço de virada, de Elias. 
Terceira fase, e o Nordeste novamente no caminho flamenguista. Contra o ASA de Arapiraca, o clube carioca não estava bem, e passava dificuldades. Eis que, arriscando, Mano Menezes colocou o jovem Nixon no segundo tempo. E o atacante não desperdiçou a oportunidade, dando passe para Marcelo Moreno, além de ampliando ele mesmo marcando o segundo gol.
A volta, sim, em Volta Redonda, foi tranquila, e Elias marcou ainda no primeiro tempo, obrigando o adversário a marcar 3 gols para se classificar. O ASA empatou, porém Marcelo Moreno virou o placar e deu mais uma vitória ao Flamengo.
Oitavas de final, e um dos grandes confrontos da competição até ali, Cruzeiro e Flamengo. Jogo equilibrado entre os dois, mas em casa o Cruzeiro tinha leve domínio do jogo. Ainda no primeiro tempo, Willian marcou para o time celeste, e Everton Ribeiro fez uma pintura, um golaço, e ampliou a vantagem. Quando tudo parecia tranquilo, Dedé tratou de colocar drama e emoção ao confronto, e bobeou mortalmente dando o gol para Carlos Eduardo. Assim, na volta, no Maracanã, o Flamengo precisaria apenas vencer por 1 a 0 para se classificar.
Com um Maracanã lotado, o Flamengo dominou as atitudes da partida, e não parecia estar enfrentando o que seria o nosso virtual campeão nacional. Vários lances polêmicos marcaram a partida, principalmente prejudicando o Flamengo. A classificação parecia estar escapando, mas Elias, que era dúvida por estar machucado, mesmo não estando 100%, foi para o jogo e marcou, na bacia das almas, o gol da vitória, e da vaga. 
Nas quartas de final, um clássico carioca contra o Botafogo de Seedorf. O primeiro encontro foi marcado pelo equilíbrio, com o Flamengo dominando a primeira etapa, e o Botafogo a segunda. André Santos marcou para os flamenguistas e Edilson empatou, deixando a decisão para o segundo confronto no Maracanã. Se o equilíbrio havia marcado o primeiro jogo, o artilheiro depois da reforma do Maracanã apresentou seu cartão de visitas ao rival. Hernane, mais do que inspirado, marcou os 3 primeiros gols do rubro negro, e Léo Moura ampliou para 4 a 0 a goleada que afundou o rival na competição.
Semi final e confronto contra o Goiás, do rechonchudo Walter. O atacante havia prometido deitar e rolar contra o adversário carioca, mas... nem teve condições físicas de entrar em campo, por estar lesionado. Sem esse trunfo, o Goiás não conseguiu atuar bem em seus domínios, e o Flamengo venceu por 2 a 1, com gols de Paulinho, ainda no primeiro tempo, e Chicão, para a virada no placar, aos 40 do segundo tempo. Vitor havia empatado para os goianos na primeira etapa.
O Maracanã estava lotado, e a torcida não parava de entoar os gritos ao Flamengo. O time era melhor em campo, comandava as atitudes, e mesmo assim levou o gol do Goiás, marcado por Eduardo Sasha. Se achavam que o gol abalaria as estruturas rubro negras houve engano, pois o time continuou martelando a defesa goiana. Hernane e Elias, ainda no primeiro tempo, viraram o jogo, e assim tranquilizaram os torcedores. No final houve tempo para deitar e rolar no gramado do estádio.


Para o confronto entre os dois, vemos um Flamengo especialista em mata-matas, e principalmente na Copa do Brasil. O time está em sua sexta final, e empurrado pela torcida sabe que pode assim chegar a Libertadores. Não tem o melhor elenco, mas Elias, Hernane e o incentivo do técnico Jayme tem dado força a equipe para ser campeã.
No lado atleticano, também não há grandes destaques individuais, mas a equipe é muito bem armada por Vagner Mancini, que consegue equilibrar a defesa com o ataque, e principalmente o contra ataque, com toques rápidos e precisos. Vagner trouxe jogadores desacreditados, promessas da base, e acreditou em Paulo Baier, que estava sendo deixado de lado. As apostas deram certo, e o time é vice líder do brasileirão, e finalista da Copa do Brasil, retrospecto invejável e que mostra o poder de planejamento da instituição quanto a preservação dos titulares no início da temporada.
Com duas equipes fazendo a diferença em seus domínios, a final deverá ser decidida nos detalhes e em um lance individual ou falha individual. É complicadíssimo se prever o campeão, mas por decidir em casa o Flamengo pode levar vantagem, caso consiga segurar o furacão na Vila Capanema. Enfim, nada de profecias, rs.


Até mais!

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