sexta-feira, 12 de junho de 2015

Hoje eu acordei, me veio a falta de você...



Até a bola e a taça chegarem ao Maraca, teve muita Copa... (Foto: Alexandre Loureiro/Getty Images)

Ô saudade da Copa... A Copa foi tão boa, que até o nível do futebol brasileiro melhorou. Também, se piorasse ia ser difícil de ver. Um ano depois, lembrarei dos sete fatos (sim, é uma lembrança do 7 a 1) que me chamaram atenção na Copa. Alguns deles, histórias muito pessoais, que só um torneio desse calibre futebolístico deixa na memória.

Abertura da Copa
O evento que abriu a Copa deixou muito a desejar. Mas o que vi nas ruas, não teve comparação com 2002, 2006 ou 2010. Assisti Brasil x Croácia numa casa de shows e por um lado me arrependo. Cheguei atrasado, não consegui ver o jogo direito e tomei banho de cerveja depois do gol de Oscar. Entretanto, a vibração das pessoas que estavam presentes e o entusiasmo brasileiro foi algo inédito pra mim. O que veio depois é história. Porém, a abertura sempre terá um lugar especial em minha memória.

Blind para Van Persie e...
Nunca fui muito fã da seleção espanhola. Tive um apreço pela Holanda por ter Blind, Van Persie e Van Gaal, o volante, o atacante e o atual treinador do Manchester United. Por essas razões, era óbvio que a minha torcida era a favor dos holandeses. Logo no segundo dia da Copa, não imaginava que poderia acontecer uma partida tão histórica. A Laranja Mecânica vingou a Espanha. E Van Persie entrou pra história. Entrei em choque com o gol de empate. Nunca tinha visto algo como o que aconteceu. O improviso, a habilidade e a ousadia merecem ser exaltados. É gol pra nunca mais se esquecer.

Itália 0 x 1 Uruguai
Antes de escrever, assisti esse jogo pela primeira vez, quase um ano depois do Mundial. E esse jogo foi histórico. Duas seleções campeãs mundiais, brigando por vaga na última rodada do grupo. Pirlo nunca correu tanto, merece uma menção muito honrosa pela dedicação que teve. A raça uruguaia é comum, mas o que Cavani e Arevalo Rios fizeram foi sensacional. Godin decidiu a partida que ficará conhecida por muito tempo pela mordida de Suarez em Chiellini, que ninguém em campo viu.

Mas, esse jogo não está no top sete por nenhum desses motivos. Como disse acima, só assisti esse duelo hoje. No dia do confronto, viajei para Curitiba a fim de visitar o Museu Oscar Niemeyer. Assisti alguns momentos do jogo na hora do almoço, em um shopping, por um celular do meu companheiro de classe. Andamos de onde estávamos para outro museu (que não me lembro qual era), e no caminho fiquei procurando algum televisor pra ver o jogo. Demorei pra pensar em colocar o fone de ouvido e escutar pelo rádio no celular. Quando tive essa ideia, estava no outro museu participando de uma palestra. Não me pergunte qual era o tema, que não me importei nenhum pouco e coloquei o fone da mesma maneira. Sempre admirei a Azzurra e pro meu azar, poucos minutos depois de sintonizar a Transamerica, escanteio de Gaston na cabeça de Godin. Fiquei mais triste pela eliminação da Itália, do que a eliminação brasileira. Sem dúvida, foi mais uma marcante história de Copa que eu tive.

Nigéria, a seleção maracujá
Mesmo perdendo dois jogos, Argentina e França salvaram a participação da Nigéria na Copa. Os africanos só estão no top sete por terem me feito dormir duas vezes. O empate sem gols contra o Irã em Curitiba e a vitória com gol irregular em cima da Bósnia, foram dois dos piores jogos do Mundial. E o pior, os jogos foram no entardecer e durante a noite. Aí complica. Que a Nigéria tenha atuações melhores em 2018.

Sete a um
Quando falei que senti mais a saída da Itália do que com a do Brasil, era verdade. No momento, só conseguia rir. Não apoiei a seleção brasileira, pra não viver de ilusão. E pra você ver, como nos contentamos com pouco, mesmo depois de 10 gols sofridos nos últimos jogos, ainda comemoramos o quarto lugar. Ainda tá tudo muito bom, já que nada mudou e nem vai mudar tão cedo. Aí vencemos amistosos contra seleções fracas, conquistamos a Copa das Confederações e a história se repete de novo. A derrota foi ótima pra perceber que o conto de fadas que os dirigentes vivem, não é verdade. Melhor que a derrota, só os memes que surgiram, como o Khedira e o "virou passeio", "sete a um foi pouco" e o Legado da Copa, que inclusive virou página no Facebook.

Alemanha
A melhor seleção do Mundial, também foi a mais "marqueteira". Neuer e Schweinsteiger cantando "Bahea, Bahea", os jogadores e suas famílias na praia em Trancoso, Podolski brasileiro no Twitter. Por essas e outras, os alemães mereceram a quarta estrela. E tiveram torcida brasileira na final, afinal, antes a Alemanha do que a Argentina. Mesmo sem Reus e sem laterais de ofício, os europeus sobraram, passearam. Neuer, Hummels e Muller fizeram jus ao título. Schurrle, o décimo segundo jogador, e Klose, o maior artilheiro das Copas com 16 gols, também devem ser lembrados. Abre o olho, Brasil, a concorrência tá aumentando...

OEAAAAAAAAAAAA
O que dizer dessa música que só tem três vogais e consegue ser tão marcante? Azar do Pitbull, Jennifer Lopez e Cláudia Leite, que fizeram We Are One pra ser o 'hino' do torneio. Mal sabiam que o jingle da Fifa seria tão inesquecível. Seja saudosista comigo e relembre a abertura das TV's na Copa das Copas, clicando aqui.

Menção honrosa: Bélgica x EUA
Espanha e Holanda fizeram um jogo incrível logo no segundo dia da Copa. Teve tanto gol em França e Suíça, que até depois do apito final teve bola na rede. Alemanha e Argélia protagonizaram um jogo eletrizante no Beira Rio, com direito a prorrogação e sufoco dos africanos. Mas Bélgica e Estados Unidos, é o meu jogo preferido. Nunca vi em um jogo de alto nível, algo parecido com o que a Bélgica fez. E muito menos, com o que Howard fez. De um lado, 38 chutes, 27 deles no gol. De outro, 15 defesas, um recorde na história das Copas. E mesmo assim, os gols só saíram na prorrogação. Pela ofensividade, a Bélgica mereceu vencer por 2 a 1.

E você, tem memórias da Copa das Copas?

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