segunda-feira, 27 de junho de 2016

Copa América Centenário - O jejum e o bicampeonato



Salve Salve Nerds!


Foto: Divulgação

Nesse domingo a noite, Argentina e Chile jogaram para a segunda final consecutiva de Copa América entre as seleções. Os nossos vizinhos argentinos buscavam quebrar com o longo jejum de 23 anos sem títulos, enquanto os chilenos queriam repetir o título e mostrar que o primeiro não foi por acaso. 

A partida começou com a Argentina melhor, tomando mais a iniciativa do jogo e chegando com perigo já com Banega no primeiro lance. O Chile equilibrou as ações com um marcação forte no meio campo, evitando que os argentinos tivessem a bola chegando em Messi para a armação de jogadas mais perigosas. Já no início o destaque negativo da partida era o árbitro, o brasileiro Héber Roberto Lopes. O juiz não estava apitando com critérios muito plausíveis e vinha tornando o jogo nervoso.

Aos 20 minutos, Higuaín teve a grande chance argentina no jogo. Em passe errado de Medel, o atacante argentino avançou sozinho e, de cara para o goleiro Bravo, chutou cruzado para fora. Quando a Argentina era melhor e parecia próxima do gol, eis que Díaz foi expulso pelo Chile. O jogador chileno trombou com Messi e foi expulso por Heber Roberto Lopes, para revolta dos jogadores. Aos 33, Di Maria recebeu bem posicionado e testou o goleiro Bravo em forte chute. Em lance forte, Vidal e Mascherano se desentenderam e o juiz deu amarelo para os dois, tentando evitar que o jogo virasse uma briga generalizada. E, aos 41, Rojo fez forte falta em Vidal e ganhou o vermelho direto, times novamente com o mesmo número de jogadores em campo. Primeiro tempo de Argentina melhor, seis chutes contra nenhum do Chile no gol hermano.

Na segunda etapa, as chances foram menos intensas, mas Isla foi o primeiro a assustar mais o gol de Romero. A Argentina buscava as jogadas trabalhadas, mas não achava espaços na defesa adversária. Já a Roja apostava nos contra golpes e quase marcou com Vargas, que recebeu passe de Sanchez e obrigou Romero a fazer boa intervenção. Aguero entrou no jogo e conseguiu um lance perigoso, mas chutou muito forte e mandou por cima do gol.

O Chile foi perigoso com Beausejour tocando para Alexis Sanchez, mas o atacante chutou travado de frente pro gol. Logo em seguida, Messi avançou sozinho, encontrou espaço e chutou perto do gol com perigo.

Com o jogo empatado, prorrogação. Na primeira etapa, o primeiro lance de perigo foi aos oito minutos. Puch avançou na lateral esquerda e cruzou para Vargas, que cabeceou e Romero defendeu bem. A respostas veio com Messi, que cruzou certeiro para Aguero, o atacante cabeceou e Bravo fez uma defesaça. Na segunda etapa, nada de emoções e lances perigosos, todos no aguardo das penalidades.

Nos pênaltis, Vidal foi o primeiro no Chile e errou, parando em Romero. Messi foi o primeiro da Argentina e também errou, isolando a bola por cima do gol. Castillo fez para os chilenos e Mascherano para os argentinos na segunda rodada. Aránguiz e Aguero na terceira. Na quarta rodada, Beausejour fez para os chilenos e Biglia perdeu para os argentinos. Silva foi para a bola e não desperdiçou a penalidade, Chile bicampeão da Copa América!



 


Para fechar o pesadelo argentino, no final do jogo, muito abalado, Lionel Messi anunciou que deverá se aposentar da seleção argentina, já que essa foi a quarta final seguida que ele perdeu pela seleção. Lembrando novamente que a Argentina não é campeã no futebol profissional desde 1993, quando ganhou a Copa América diante do México. 

É compreensível o sentimento de Messi, já que a pressão dos argentinos sobre ele é enorme e uma certa sombra de tudo o que Maradona já deu pela seleção também o perseguem. Messi é o maior jogador do nosso tempo e essa desistência não apagará o que ele fez pelo futebol. No entanto, não parece a melhor atitude desistir de algo tão grande que é defender a sua seleção nacional. Ninguém é obrigado a vestir a camisa de sua seleção e de seu país, mas para alguém como Messi, que essa semana inclusive se tornou o maior artilheiro da Argentina, não parece algo tão interessante. 

Poderíamos falar que milhões de pessoas queriam estar no lugar de Messi, como protagonistas de uma seleção, e que ele está jogando tudo isso fora, mas também seríamos egoístas com ele. Como alguém que ama o esporte e acredita no quanto ele pode nos ensinar, como ele propõe superações de paradigmas e de desafios, acho que Lionel Messi pode ainda se levantar e buscar o que tanto sonhou, que é ser campeão pela seleção argentina. Torçamos para que ele mude de ideia e retorne, pois o futebol argentino e mundial perdem muito sem ele. 


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Até mais!

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